Quem é o Edson Vidigal?
- Um trabalhador às vezes braçal,
mas sempre intelectual. Um sonhador que prefere sonhar acordado, com os pés no
chão, os olhos abertos, longe do charco, as mãos estendidas querendo alcançar
se possível as estrelas. Os braços abertos para o abraço, o verbo escancarado
ao livre pensar, ao respeito à diversidade das opiniões, aos direitos dos
outros, ao amor e à paz, à tolerância e à conciliação. Luto muito para nunca
deixar de ser assim.
Fale um pouco sobre a infância e
juventude em Caxias.
- A vida não me deu tempo para a
infância. Nasci filho de mãe solteira, que não podendo mais morar na cidade e
não podendo me levar naquela viagem me entregou aos cuidados de Dona Ló e seu
Zeca Baiano, no Beco do Urubu, em Caxias. Foi a minha sorte.
O que sou quanto aos valores morais,
aos princípios éticos, a sensibilidade pela poesia e pela música, muito do que
sou hoje começou com eles. Fui uma espécie de bicho solto, amigo dos pés de
manga e das goiabeiras e dos jumentos, das cacimbas e do rio Itapicuru, um
menino que se acostumou muito cedo ao trabalho pelo próprio sustento e aos
estudos para alcançar um futuro melhor.
Eu me dei conta de que não podia
continuar menino quando cheguei a São Luís sozinho, bússola de mim numa viagem
de trem. Eu não tinha nem 14 anos. Ainda vestia calça curta, a farda do grupo
escolar “Gonçalves Dias”, onde nem conclui o curso primário.
Na mala de pinho, pintada de preto,
forrada com papelão e um cheiro agressivo de cola de sapateiro, cabiam duas
camisas e os livros e cadernos escolares. Meu capital inicial? A fé em Deus. A
disposição para encarar qualquer trabalho honesto. E apólices de esperanças.
Dormi na calçada da estação, em
banco de praça, trabalhei como garçom, vendi jornal nas ruas, fui continuo sem
salário na Rádio Timbira, locutor na Voz Diacui no João Paulo e no bailão do
Pedro Veiga no Anil, fiz trabalhos domésticos, vendi cachorro quente numa festa
de Igreja no Cavaco. A vida me deu a chance de conhecer de tudo um pouco e me
ensinou a tolerar a inveja e a calunia, a não me conformar com as injustiças, a
não ser indiferente.
Quem chegou primeiro, o Jornalismo
ou o Direito?
Eu sempre quis ser advogado, mas a
luta pela sobrevivência não deixava que eu tivesse estudos regulares para
encarar um vestibular. Já trabalhava como jornalista quando fiz os exames de
admissão ao Ateneu. Por conta de uma greve – eu fora eleito Presidente do
Grêmio Machado de Assis - fui expulso sem concluir a segunda série.
Naquela ocasião fui eleito Vereador em Caxias pelo PSP – Partido Social Progressista, liderado por Neiva Moreira.
Na dupla militância no movimento
estudantil e nas Oposições Coligadas, o golpe militar que derrubou o Jango
gerou no Maranhão as condições para que eu fosse cassado e preso.
O primeiro mandato cassado foi o
meu. O que mais pesou contra mim? Eu havia assinado como Vice Presidente da UMES
junto com o Tribuzi pela Frente de
Mobilização e o Vera Cruz pelo Pacto de Unidade e Ação Sindical um Manifesto
defendendo o mandato constitucional do Jango e convocando o Povo a reagir. Foi
publicado com cercadura na primeira página do Jornal do Dia, edição de 1º de
abril de 1964. Foi muita ousadia, entenderam os novos poderosos, e tinha que
haver punição exemplar.
Àquela altura eu já estudava no
Liceu matutino de lá sai expulso. E preso. Foi muito humilhante. Fui concluir o
ginásio no Colégio S. Luís como aluno quase clandestino. O Professor Luiz Rêgo
teve coragem para me aceitar, mas impôs uma condição – o curso seria à noite e
eu não me envolveria com política.
Na formatura, fui eleito Orador
Oficial. Enquanto eu lia o discurso no salão nobre da Associação Comercial,
explicando a distinção entre democracia e ditadura, pairava um medo
generalizado, mas ninguém saiu de lá preso.
O então Padre Leonel Carvalho, que
está vivo e hoje trabalha como advogado, dirigia o Jornal do Maranhão,
semanário da Arquidiocese, publicou o discurso na integra. Acharam que era
provocação demais.
Com o tempo o cerco foi se fechando
contra mim, fui ficando sem condições de trabalho, muitas pessoas me evitavam,
eu me sentia quase como um leproso nas ruas porque poucos tinham coragem de se
aproximar de mim.
O que mais me doía era quando eu
chegava a Caxias e logo me perguntavam – quando é que você vai embora? Tive que
me asilar no meu próprio País, em São Paulo.
Quando voltei havia um mandado de
prisão preventiva contra mim. Passei um tempão escondido na Rua da Paz, na casa
do Desembargador Tácito Caldas, que depois também foi cassado.
Gastei muito do meu tempo de vida
nesse vai e volta, sempre achando que um dia eu poderia dar uma contribuição
pessoal consistente contra o atraso politico e a pobreza social que inferniza o
nosso Maranhão. Em 2006 renunciei a um dos maiores poderes na República, a
presidência da mais alta Corte de Justiça infraconstitucional e voltei com a
Eurídice. Voltamos para ficar.
Mas pode-se considerar que o foi o
Direito que projetou o Vidigal para a sociedade?
- O Jornalismo politico me projetou
no Maranhão. Hoje quase ninguém se lembra dos incômodos que eu causei com os
meus textos e manchetes, em especial no Jornal de Bolso.
Foi o Jornalismo que me garantiu
trabalho e prestigio profissional a partir de grandes redações nacionais como
Veja, O Globo, Jornal do Brasil, Correio Braziliense.
Optei definitivamente pelo Direito
quando, no auge da ditadura, eu cobria o Superior Tribunal Militar, em
Brasília, como repórter do Jornal do Brasil e me encantei pela performance do
Professor Heleno Fragoso defendendo os presos políticos.
Fui descobrindo a importância de um
advogado defendendo valores democráticos mesmo num Tribunal de Juízes nomeados
por uma ditadura. Eu vibrava com o Heleno, que tinha o respeito de todos os
Juízes daquele Tribunal. E a admiração de toda bancada dos jornalistas.
Ali eu resolvi que seria Advogado. O
Jornalista foi ficando, mas não me ocupa mais tempo como atividade principal.
E o gosto pela Literatura, ainda
está em alta?
- Segue em alta não só o gosto para
ler e escrever. Também essa doença que eu tenho, só pode ser uma doença, de
comprar livros em todos os lugares do mundo por onde eu ando. Vivo a ilusão de que
um dia terei lido todos. Mas já somam milhares. Vamos organizar uma biblioteca
em Caxias e disponibilizar o acervo para a moçada que não pode comprar bons
livros.
Como foi o seu encontro com a
política?
- Eu era guri em férias escolares em
Coroatá, onde minha mãe passara a morar. Numa tarde, estávamos, nós os meninos,
num alegre banho de rio quando avistamos umas nuvens escuras não muito altas e
saímos correndo para vê-las mais de perto. Minha emoção infantil achava que
eram nuvens.
Era o fumacê de um incêndio
infernal. Todas as casas da Travessa da Saudade, onde morava minha mãe, estavam
em chamas. Era e ainda é da Saudade porque ficava, e ainda fica, em frente ao
muro do Cemitério, em Coroatá.
Então perguntei a um operário da
estrada de ferro sobre aquilo e ele me respondeu – é a politica, meu filho. E
que politica é essa? Ele me resumiu – é o Vitorino. Cresci querendo saber tudo
sobre a politica que promove o flagelo das pessoas pobres e com raiva daquele
Vitorino.
Com o tempo fui aprendendo que a
raiz dos problemas do Maranhão não é a mosca pousada na sopa do Estado. Como no
rock do Raul Seixas, se você dedetiza uma, logo vem outra em seu lugar. Nossos
problemas são estruturais.
E a experiência de vereador?
- Fantástica! Não cumpri o mandato inteiro
porque fui cassado e preso antes do segundo ano. Éramos três Vereadores da
Oposição e nove do Governo. Eu era o Líder da Oposição e o mais jovem. Fui
candidato aos 17 anos, eleito aos 18 e cassado e preso aos 19. Foi no dia 14 de
abril de 1964. Eu já estava preso quando me cassaram.
Eu sabia tudo do Regimento Interno.
Como Jornalista cobri os debates da Assembleia Legislativa onde consegui um
livro chamado “Manual do Deputado” que eu passei a levar para as sessões da
Câmara. Era um compêndio com as Constituições da República e do Estado, a Lei
Orgânica dos Municípios e os Regimentos Internos da Assembleia, da Câmara
Federal e do Congresso Nacional. Aí eu deitava e rolava.
O Presidente da Câmara, Manoel Pinto
da Mota, um senhor idoso e bonachão, perdia a paciência comigo e me interrompia
– cala a boca, siô, que eu tenho idade de ser seu avô!
Uma vez reclamei que o mato estava
crescendo nas ruas e não aconteceu nada. Fui para a “Voz da Cidade”, um serviço
de alto falantes de muita audiência, quando anunciei um projeto de lei
autorizando a Prefeitura a comprar 12 facões Collins, sendo 11 para os
Vereadores e 1 para o Prefeito campinarem a cidade. No fim, o projeto foi recusado,
é claro, e eu para não perder a moral organizei mutirões de moradores e fomos
capinar alguns lugares onde o mato era maior na cidade. Tenho uma foto – eu
magrão, de óculos, sem camisa, envergado que nem vara de bambu com um facão na
mão.
Minhas relações com os Vereadores do
Governo foram se deteriorando até que resolveram passar as sessões da Câmara
para a noite. Mas era eu aparecer e o plenário começava a ficar vazio. Fui
ficando um estraga festa. Eu achava graça daquilo tudo. Pessoalmente, seguia me
dando bem com todos. Tanto que depois votaram uma resolução me devolvendo o
mandato, mas nem cheguei a reassumir. Os militares mandaram um capitão a Caxias
que repassou a ordem aos vereadores – ou cassam de novo ou vocês todos serão
cassados. E assim eu devo ter sido o único no Brasil a ter sido cassado duas
vezes, no mesmo mandato.
O que senhor anda fazendo
atualmente?
Trabalho muito advogando nos
Tribunais em São Paulo, no Rio e em Brasília. Essa é a única maneira para eu me
manter independente. Nunca fui profissional da politica.
Para mim, a politica é uma prestação
de serviços. É um momento da vida em que você retribui contribuindo com o
melhor da sua experiência e boa vontade para as coisas não piorarem. Mas como
tem piorado!
Trabalho ainda dando aulas na
Faculdade de Direito da UFMA. De onde estou, tomo um avião para não faltar ao
dever das aulas nas segundas feiras. Gosto do que faço.
Ah, escrevo um artigo semanal para o
Jornal Pequeno e que é reproduzido no interior do Maranhão e em alguns Estados,
inclusive em São Paulo.
Estou com um livro pronto – Sem
Segredo de Justiça – em parceria com a grande Ada Pelegrini Grinnover, a ser
lançado brevemente.
O senhor chegou ao posto de
presidente do Superior Tribunal de Justiça, umas das cortes mais importantes do
país. Como foi essa experiência?
- Fico vaidoso quando chego ao STJ e
sou recebido carinhosamente pelos funcionários, desde o portão de entrada aos
Gabinetes dos Ministros.
A Presidência me possibilitou fazer
muito pela Justiça no Brasil. Enumerar pareceria cabotino como se quisesse
ofuscar a continuidade que os outros deram ao muito que comecei.
Tendo sido bem sucedido na gestão,
achei que depois dali estaria pronto, e estou, sim, para novos e grandes
desafios.
A Justiça do país merece o respeito
e o reconhecimento da sociedade brasileira?
- Enquanto instituição, sim. Tudo
que é republicano merece respeito. O Judiciário é um dos três pilares da
sociedade na formatação do Estado. É o único cujo poder não deriva da vontade
sazonal do Povo. Deriva do Poder Constituinte. Não pode ficar à mercê dos
humores das arquibancadas os ou dos plantonistas dos outros poderes.
Incumbe ao Judiciário manter a
segurança jurídica, a firmeza das leis, a estabilidade democrática e, o mais
importante, realizar a Justiça para todos.
Algumas vezes confundimos ações
isoladas de Juízes arrogantes, abusados ou despreparados para o oficio de
julgar com decisões do Judiciário. O ruim ou o gastador não é o Judiciário. Os
poucos, mas relevantes malfeitos, são obras de algumas pessoas que não foram
preparadas para a gestão dos recursos ou para a missão de julgar, de realizar a
Justiça entregando a cada um o que é seu, segundo uma igualdade. Em termos de
recursos humanos, e ponha humanos nisso, o nosso Judiciário ainda deve muito à
sociedade.
O senhor é uma das vozes maranhenses
que mais defendem uma profunda reforma política no Brasil, Quais os pontos de
uma reforma política que não poderia deixar de ser implantados no país?
- Precisamos discutir mais a reforma
partidária e a reforma eleitoral. Os partidos não podem continuar como pequenas
empresas de grandes negócios. Não podem funcionar sem democracia interna.
Partido é parte da sociedade com princípios programáticos em oferta para
inspirarem as ações de governo, as politicas públicas.
Se todo o poder emana do Povo que o
exerce por meio de representantes eleitos, os candidatos que os partidos
apresentam tem que ter afinidades com o programa partidário e compromissos
verdadeiros com os filiados e com os eleitores.
Gostamos de reclamar da baixa
qualidade da representação popular. Ora, quem elege é o Povo. Mas quem
apresenta os candidatos ao Povo são os partidos que não observam critérios
mínimos de qualidade ética, de qualificação profissional ou técnica para a
função a que se candidatam.
A democracia, segundo Kelsen, é um
estado de partidos. Mas não há estado
democrático sem a plena democracia interna nos partidos.
Na reforma eleitoral, precisamos
discutir, por exemplo, o voto distrital – único capaz de aproximar o eleito do
seu eleitor. O financiamento de campanha é outro ponto para urgente
redefinição. Como está, os candidatos se humilham aos chamados doadores e
depois de eleitos estarão fadados ao constrangimento de cobranças, muitas delas
as mais indevidas, muito à margem dos interesses da população.
Democracia não é como roupa feita
que se encomende a algum alfaiate e a sociedade depois, na medida ou fora da
medida, tenha que vesti-la. Democracia é um processo constante de
aperfeiçoamento no qual a Nação ascende na medida em que se instrui.
Negar a instrução pública com
qualidade é a melhor maneira de impedir a democracia. Vejamos o Maranhão com
20% da população no analfabetismo absoluto e mais os outros 35% dos que chamamos
de analfabetos funcionais.
O senhor foi por muitos anos aliado
do ex-presidente José Sarney. Conte aos leitores do blog um pouco sobre esta
fase da sua vida.
- Vamos esperar para ver como fica
esse projeto de lei sobre as biografias...
Por que o senhor rompeu com o
Sarney?
- Meu foco não alcança as pessoas.
Minhas divergências ou convergências nunca se pautaram pela relação pessoal.
Como cristão pratico também o
respeitai-vos uns aos outros assim como eu os respeito. Seria tão menos danoso para
a democracia se as divergências ou as convergências na politica não fossem
motivos para vinditas sempre acionadas por ressentimentos pessoais.
Creio em Deus Todo Poderoso...
Ministro, em 2006 o senhor aceitou o
desafio de ser candidato a governador do Maranhão pelas oposições. Quais os
ensinamentos que ficaram dessa experiência?
- Por serem incontáveis nos dois
sentidos nem caberiam aqui neste espaço de uma entrevista. Como diria o Senador
Alexandre Costa, isso serve até para competir em volumes com as Obras Completas
de Rui Barbosa. (Risos).
Fico vendo esses cenários aí e como
o bom matuto de Caxias, fico só assuntando e reparando, reparando. Tem muita
gente se enganando por aí com a cor da chita.
O ex-governador José Reinaldo disse
recentemente que as oposições têm uma dívida com ele, numa referência ao fato
dele ter permanecido no governo, abrindo mão de ser candidato a senador. Qual a
sua avaliação dessa declaração do ex-governador?
- Como diz o Almir Sater, poeta do
Mato Grosso do Sul, cada um de nós compõe a sua história. O Zé Reinaldo sabe
muito bem o sabor das massas e das maçãs.
Para o senhor, o que significou a
cassação do governador Jackson Lago?
- Uma violência incomensurável. O
Rezek disse melhor – um golpe de estado pela via judiciária. Vou contar num
livro que já está quase pronto – “As Duas Mortes de Jackson Lago”. Estou
esperando saírem os Acórdãos dos
processos da Roseana.
A candidatura ao Senado Federal em
2010 foi um erro ou um acerto?
- O que estava acertado era uma
candidatura única, no caso a minha, na coligação do Jackson. No meio disso
andaram me cantando para eu sair candidato a Governador contra ele. Quem
andaram?
Depois eu conto. Jamais aceitaria
sair candidato contra o Jackson. Aquele era o momento dele, ir para um
plebiscito, candidato único das Oposições. Depois, tivemos mais de três
candidatos ao Senado no campo das Oposições.
Apesar de tudo, ainda somamos mais de
meio milhão de votos. Para Governador em 2006 obtive 385 mil votos ou quase
15%, o que levou a disputa para o segundo turno. Em 2006, obtive 40 mil votos
na Capital. Em 2010, mais de meio milhão de votos no Estado, dos quais 50 mil
na região de Imperatriz onde fui o segundo mais votado, sendo o Zé Reinaldo o
primeiro colocado com menos de 2 mil votos à minha frente. Em S. Luís, minha
votação triplicou – mais de 120 mil votos.
Recentemente, o senhor fez a
seguinte declaração: "essa oposição se acha", Era uma alusão à
oposição liderada pelo ex-deputado Flávio Dino. O que o senhor quis dizer na
realidade com essa frase?
- Lembrar o samba do Noel Rosa na
voz do Silvio Caldas – “antes da vitória / não se deve cantar glória...
Como o senhor vê o movimento "Diálogos pelo Maranhão", idealizado pelo pré-candidato Flávio Dino e seus aliados oposicionistas?
- Uma boa ideia que não se realiza
talvez porque a Embratur não deixa.
Em 2012, o senhor lutou e fez o que
pôde para que o PDT e ate se colocou à disposição do partido para ser
candidato. A tese de candidatura própria do PDT valeria para 2014?
- Não seria próprio da democracia
interna do PDT começar eliminando companheiros, em especial os que, como o
Prefeito Hilton Gonçalo, tem experiência administrativa comprovada por duas
boas gestões, e que se dispõem a encarar uma candidatura a Governador.
A experiência do Prefeito Luís
Fernando em Ribamar não resultou maior do que a do Prefeito Hilton Gonçalo em
Santa Rita. Ambos se saíram muito bem.
A sua esposa, Eurídice Vidigal, foi secretária de Segurança do governo Jackson Lago. Hoje há uma crise no sistema parecida com a que aconteceu na gestão Eurídice do ponto de vista da disputa por poder e rede de intrigas que comprometem a segurança do cidadão. Qual a avaliação que o senhor faz deste momento pro que passa a segurança pública do Maranhão?
A sua esposa, Eurídice Vidigal, foi secretária de Segurança do governo Jackson Lago. Hoje há uma crise no sistema parecida com a que aconteceu na gestão Eurídice do ponto de vista da disputa por poder e rede de intrigas que comprometem a segurança do cidadão. Qual a avaliação que o senhor faz deste momento pro que passa a segurança pública do Maranhão?
- São dois cenários muito nítidos –
o Maranhão com a política publica da segurança cidadã, um programa do Governo
Federal para ser implementado em parceria com os Estados e com os Municípios, e
o Maranhão hoje depois do Governo Interrompido do Jackson. O que acontece hoje,
data vênia, não é nada parecido.
O senhor vê algo de positivo no
governo Roseana?
- Vejo. A flor do meu bairro e o
lirismo da lua. O Governo dela cansou de si mesmo e o Maranhão mais ainda. Se
ate os metais fatigam, por que não também as retinas?...
Como pedetista, qual a avaliação o
senhor faz do primeiro ano da gestão Edivaldo Holanda Júnior?
- Sigo torcendo para que o jovem
Prefeito se livre de suas amarras e possa sair as ruas com todo o gás a
produzir resultados de uma boa gestão.
A oposição seguirá unida em 2014?
- Quem sabe?...
Sobre a candidatura Flávio Dino, o
senhor considera que ela expressa os mesmo sentimentos de mudanças que a
candidatura Jackson Lago representou em 2006 e outras eleições que disputou?
- A história do Jackson e a história
do Flávio e as circunstancias de cada candidatura, a do Jackson em 2006 e a do
Flávio para 2014 em nada se assemelham. Portanto, não tem como gerar as mesmas
expectativas. Cada um no seu tempo e circunstâncias.
Como o senhor vê a candidatura do
secretário Luís Fernando?
- Ouvi de um cubano que foi sorteado
para ser combatente em Angola que para ele foi a pior coisa do mundo, depois de
um longo treinamento na Rússia, chegar ao campo de batalha na África para combater numa
guerra que não era a dele. A guerra para onde querem mandar o Luís Fernando, a
quem prezo muito, ainda não é a dele.
Há espaço para uma terceira via nas
eleições de 2014?
- Ninguém até agora consegue formar
um consenso, que eu diria, consistente. A continuar assim, sempre haverá espaço
para isso que chamam de terceira via, uma coisa que deu certo com o Tony Blair
no Partido Trabalhista britânico e que hoje já perdeu gás.
Algum projeto eleitoral do senhor
para as eleições do ano que vem?
- Já paguei muito em multas e uma
vez 20 mil reais só porque disse numa entrevista que seria, sim, candidato a
Governador. A Justiça entendeu que eu fazia propaganda antecipada. Se isso que
se vê hoje por ai for levado a serio, imagina quanto o Mântega arrecadará só em
multas...
Deixe a sua mensagem para os nossos leitores.
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- Foram mais de
3.500 palavras. A entrevista mais longa que eu já dei. Se os leitores tiveram
a paciencia de ler isso tudo ate o fim, agradecer não dira tudo. Minha
mensagem é – mantenham a fe! Mantenhamos todos a nossa unidade na mesma fé!
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