Por Luiz Raimundo Carneiro de Azevedo
A Energia sempre controlou a humanidade, o ponto singular de inflexão foi a invenção da máquina a vapor que propiciou a substituição do trabalho braçal de carregar coisas e fez possível movimentar locomotivas, navios e fabricas.
Logo depois surgiu o petróleo, combustível fóssil produtor de energia mais eficiente. Os Estados Unidos da América inventaram o Petrodólar como um bom substituto do lastro em ouro da sua moeda, incentivando os “amigos” da Arabia Saudita a vender seus barris de petróleo em dólar americano e, com isso, criando as condições de domínio geopolítico.
Todo o mundo passou a comprar dólar para garantir o seu petróleo; combustível fóssil para a movimentação de pessoas, cargas e termoelétricas.
O domínio da geopolítica fincou nisso suas raízes. Mesmo com o avanço da China, ninguém comprara, por longo tempo, petróleo em YUAN (moeda chinesa), na qual não se tem a mesma confiança do tigre de papel, o dólar do dizer do De Gaulle.
Nos próximos dez anos a energia será predominantemente a elétrica a causa das temidas mudanças climáticas, o domínio de sua geração por matriz minimamente poluente, o armazenamento, a estocagem e a distribuição desta mudara a geopolítica mundial.
O Nordeste das energias limpas deverá se preparar para ser utilizador e exportador de energia na esteira da produção eletrolítica do Hidrogênio Verde. Na sua plenitude, a energia elétrica inteligente e autônoma será uma commodity de expressivo valor, o que aumentará a chance de desenvolvimento sustentado da nossa região.
No mundo do 5G e demais G, a inteligência artificial e a Internet das Coisas serão primordiais para a integração inteligente e racional; plantas solares e geradores eólicos e seus excedentes serão induzidos ao grid da eletricidade dando um harmonioso colorido ,muito tendente ao verde ,a essa transição energética zero carbono.
Avanços nas nanotecnologias como a patenteada pela startup NDB-Nano Diamond Battery, propõem a incorporar nano partículas extraídas do lixo atômico e introduzidas em diamantes sintéticos, e assim criar microbaterias de uso quase temporalmente ilimitado por mais de 10 mil anos. Olha aí poeta Raul Seixas
Tecnologias sempre gerando novas tecnologias. No entanto é preciso, forçosamente necessário, criar o capital humano qualificado e fundamental para nossa independência.
Unam-se Governos, Universidades e Indústrias para tal mister.
Vivo num tempo que supera os dos meus gibis de Flash Gordon e me leva a reler Arthur Clark e Azimow.
Saiamos dessa zona de conforto atual para produzirmos junto com eles o melhor futuro para nossos netos e bisnetos.
Luiz Raimundo Carneiro de Azevedo, o autor deste artigo, é engenheiro civil, consultor da Universidade Ceuma e curioso.
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