terça-feira, 6 de abril de 2021

Brasil registra mais de 4.000 mortos de covid-19 em 24 horas pela primeira vez

O Brasil registrou nesta terça-feira um novo recorde de mortes diárias registradas na pandemia: foram 4.195 óbitos, segundo os números do Ministério da Saúde. 

Apesar de às terças a cifra costumar ser mais alta, dado o represamento da coleta de dados por causa do fim de semana, a nova marca mostra a escalada da crise sanitária no país. Foram registrados quase 87.000 novos casos.

Em novo boletim, o Observatório Covid-19 da Fiocruz adverte que abril deve manter as condições críticas de março, o mês mais mortal da pandemia no Brasil até agora. “Ao longo da última Semana Epidemiológica 13, houve uma aceleração da transmissão de Covid-19 no Brasil. Devido ao acúmulo de casos, diversos deles graves, advindos da exposição ao vírus ainda no mês de março, o vírus permanece em circulação intensa em todo o país”, diz o texto.

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São Paulo registra 1.389 óbitos por covid-19 em 24 horas, novo recorde

O Estado de São Paulo registrou nesta terça-feira 1.389 óbitos por covid-19 em seu boletim sobre as últimas 24 horas. É o maior desde o início da pandemia, mas o Governo destaca que o boletim apresenta dados acumulados desde o feriado da última sexta-feira, período durante o qual habitualmente são registrados menos óbitos, por conta de limitações no efetivo responsável pelo trabalho.

Desde o início da pandemia, destaca o Governo paulista, foram registradas 78.554 mortes e 2.554.841 casos de infecção no Estado. Nas últimas 24 horas, foram notificadas mais 22.794 contaminações. Até segunda-feira, havia 29.510 pacientes internados, 12.963 deles em leitos de Terapia Intensiva. As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 90,7% no Estado e de 90,6% na Grande São Paulo.

Anvisa alerta para riscos da automedicação durante a pandemia

“É preciso que as pessoas se conscientizem dos riscos reais dessa prática, que pode causar reações graves, inclusive óbitos", alerta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em comunicado divulgado na noite de segunda-feira. A mensagem não mencionaa diretamente o uso dos medicamos propagandeados pelo presidente Jair Bolsonaro, mas inclui notas já publicadas pela agência sobre o fato de não haver estudos sobre a efetividade de remédios como ivermectina e cloroquina no combate à covid-19. "Todo medicamento apresenta riscos relacionados ao seu consumo, que deve ser baseado na relação benefício-risco. Ou seja, os benefícios para o paciente devem superar os riscos associados ao uso do produto”, lembra a Anvcisa.

EL PAÍS, em 06.04.2021

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