Volume de novos casos da doença voltou a crescer no país
Repetindo o que tem acontecido ao longo de todo o mês de março, o Brasil registrou novo recorde na média móvel semanal de mortes por covid-19 nesta quinta-feira (11/3), segundo boletim do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
Foram mais 2.233 mortes em 24 horas. A média móvel dos últimos sete dias chegou ao nível inédito de 1.703 mortes, superando o recorde de quarta-feira, que fora de 1.626.
O número de casos nas últimas 24 horas foi de 75.412 mil.
No total, o país acumula 11.277.717 casos de covid-19 e 272.889 mortes.
Infectologistas entrevistados pela BBC News Brasil afirmam que, no atual ritmo de contágio do país, marcas trágicas como essa devem continuar a se repetir nos próximos dias, deixando sistemas de saúde sob alto estresse - ou mesmo em situação de colapso.
"Já em janeiro, com a elevação do número de casos, prevíamos a falência do sistema de saúde e o aumento de óbitos ainda neste mês (março). Se mantivermos essa curva, podemos chegar em agosto a 500 mil mortos no país", resume o infectologista Marcos Boulos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), referindo-se a estimativas internas de especialistas e órgãos assessorando o governo de São Paulo.
O Estado com maior número de vítimas fatais é São Paulo (63.010), onde diversos hospitais públicos e privados relatam superlotação, seguido de Rio de Janeiro (34.083) e Minas Gerais (20.087).
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com mais mortes pela doença em todo o mundo. Ele está atrás apenas dos Estados Unidos, que têm mais de 530 mil óbitos por covid-19, conforme registro da Universidade Johns Hopkins.
O país está praticamente igual em número de casos que a Índia (11,285 milhões), em segundo lugar, depois dos Estados Unidos (29,1 milhões).
BBC News Brasil, em11.03.2021
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