terça-feira, 30 de julho de 2019

O limite da retórica

Analista de política, Vera Magalhães, comenta hoje no BR18 do saite do Estadão:

"Bolsonaro vem nos últimos dias escalando os limites da retórica. Nesta segunda-feira subiu um novo degrau, insinuando saber como morreu o pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, desaparecido da ditadura. Aonde isso nos leva?

Freios. A uma situação em que a instituição da Presidência é colocada à mercê das diatribes do ocupante de turno, sem compromisso com a verdade ou mesmo com a humanidade. Bolsonaro tentou consertar a fala com uma live enquanto cortava o cabelo, na qual disse que Fernando Santa Cruz foi morto pelos próprios companheiros de militância.

Mas… Publiquei no BR18 um atestado de óbito recém-lavrado pelo Ministério da Família e dos Direitos Humanos em que está consignado que Fernando Santa Cruz morreu “de causa não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985”. . O que o presidente dirá diante disso?

Trincou. O fato é que a fala, dado seu caráter ultrajante, foi repudiada mesmo por setores do bolsonarismo. Também levou a que potenciais adversários do presidente em 2022, como o governador de São Paulo, João Doria Jr., confrontassem o presidente publicamente. Bolsonaro vai, assim, optando por falar cada vez mais aos setores mais radicais de sua militância virtual."

Um comentário:

Itapecuruense de São Luís disse...

O problema de gente como a senhora Vera Magalhães, no campo das análises, é que muitas vezes tomam sua torcida contra desafetos como se isto fosse uma análise fiel da realidade. Em geral passam vergonha.