E eu lá sabia que o inferno é governado por sete demônios? Digo é, assim no presente, porque há tempos, ao que sei, pelo menos por estas paragens, as pessoas levam uma vida de não fazer inveja a qualquer acusado que, por dosimetria exagerada, tenha sido condenado ao regime fechado em algum presídio do inferno.
Combinado, portanto, que o inferno é
aqui mesmo não dá hoje para saber a exata quantidade de demônios que o
governam. Afora os secretários, eis que são tantos para tantas tentações e mal
feitos. Daí a certeza de que o diabo quando não vai manda o secretário.
Sempre ouvimos falar de Lúcifer, que de
tão antigo virou assim uma espécie de decano dos perversos, relator absoluto e
revisor, voto vencedor e redator de todos os acórdãos. Sempre condenatórios.
Contam os profetas que o Lúcifer era um
anjo brilhante, mas se achava o cara. Sua vaidade intelectual transmudou-se em
fome de poder querendo ele próprio, ao mesmo tempo, ser o Professor de Deus e
dar as ordens no Paraíso.
Mas vendo Deus que sem as tentações do
mal não haveria uma maior e mais explicita valoração do bem, valor essencial à
harmonia e elevação da vida, consentiu que o anjo mau comandasse uma capitania,
espécie de maranhão, de onde hoje, mais que ontem, soberana e impunemente deita
e rola infernizando a vida de milhões de pessoas.
De há muito que o inferno deixou de ser
o destino único apenas dos pecadores. Os inocentes, os que não se dobram, também
são condenados. Na justiça do inferno qualquer recurso é logo rejeitado por
antecipação.
O que me intriga ao saber que Lúcifer,
embora decano e grande oligarca, não governa o inferno sozinho, é a quantidade
de demônios na composição do seu colegiado – sete. Ora, até isso é enganoso. O
número sete é referencia de luz divina!
Ganha uma viagem de lua de mel, sem
volta, a Marajá do Sena quem escrever uma carta ao Dr. Pêta dizendo quem são os
outros demônios do colegiado que comandam o inferno.
Mas que transgressões que a grande
maioria das pessoas neste mundo, o qual ainda é de nosso Deus, cometem para
merecer a vida infernal que levam e nem precisando morrer para que suas almas
sejam torturadas sob as trevas jurisprudenciais do colegiado dos demônios?
A minoria rica é omissa e dentro da
minoria omissa há a minoria esclarecida que também se omite. Essas
conjuminâncias se reforçam em egoísmos que redundam em alianças de arrogâncias
e de poder, gerando mais pobreza econômica e mais atraso social e sendo assim, nunca
haverá república democrática para promover a alfabetização, a informação não
manipulada e a independência de expressão.
Por conseguinte, não desaparecerão os súditos e nem surgirão as cidadãs e os cidadãos.
Por conseguinte, não desaparecerão os súditos e nem surgirão as cidadãs e os cidadãos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário