Enquanto não passar
essa temporada de ascos, que já demora tanto, não teremos razões de cantar.
Oportuno lembrar o
aviso do poeta da Vila, o grande Noel – antes
da vitória não se deve cantar glória...
Que nós vamos vencer
é indubitável. Não ha razões para arredarmos.
De há muito que eles
perderam o juízo. Com as ultimas com as quais subestimaram a nossa
inteligência, nos lançaram as provas de que, realmente, endoidaram de vez.
Fora deste cercado,
na terra que por herança escrita com as vitórias nas guerras contra os
invasores é de todos nós, maranhenses, os brasileiros nos perguntam em tom de
cobrança – mas, até quando?
Para entender o
cenário é preciso conhecer o autor. E no caso não há só o cabeça, mas
conjuminâncias emaranhadas, misturando pernas e confundindo as coisas, num vai
e vem maluco, como na canção de Cazuza.
O dia nasce feliz! Só
para eles, é claro.
Consolam as histórias
reais sobre o começo, o meio e fim dos déspotas. Geralmente começam sob os
embalos das emoções populares que atordoadas no desencanto com o déspota em
decadência no plantão nem param para avaliar se o novo salvador que legitimam
não irá também, lá adiante, lhes enganar.
O século 20 foi pródigo
em inventar déspotas que donos dos seus cercados não se conformando com o poder
que detinham ainda avançaram nas terras dos outros.
Como os poetas da
escalação federativa de Drummond, que os classifica em municipais, estaduais e
federais, os déspotas, no Brasil, ocuparam Municípios, Estados e o País.
No cenário do vasto
mundo, muito há ainda a contar sobre o mau que fizeram à humanidade figuras
como Stálin, Hitler, Mussolini, Pinochet e mais os generais que se revezaram no quero – posso e mando, na América Latina.
Todos, ou quase
todos, se foram com o século. Cada um com seu grande final. Hitler deu um tiro
na boca. Mussolini amanheceu dependurado de cabeça pra baixo num posto de
gasolina. Stálin nem esperou pelo demônio – morreu antes de morte morrida.
Os que ainda restam
por aí nas dimensões diversas estão em seus últimos estertores. Ninguém os
esquecerá, com certeza. Por causa do mal que fizeram e ainda fazem ao Povo.
Por enquanto, gente,
nada de cantar em coro querendo acalmar este nosso silêncio. Vamos fazer só uma
pequena introdução ao canto geral de daqui a pouco.
Comecemos assobiando
aquele hino que segurou as esperanças do Brasil cansado dos abusos e das
intolerâncias dos manda chuvas de então – hoje
você é quem manda, falou tá falado, não tem discussão. (...) Apesar de você,
amanhã há de ser outro dia...
Vamos pensar – como
constatou Freud – que cada um de nós é um cavaleiro montado, que pensamos ter
as rédeas nas mãos, mas às vezes o cavalo tem ideias próprias e nos leva a
lugares surpreendentes.
Imagino que esse
cavalo seja o inconsciente popular no tempo, trazendo alentos novos com ideias
próprias a nos inspirar à ação fortalecida pela unidade necessária e só eficaz
se na mesma fé.
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