segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Cantar

Não é preciso agora convocar a alegria, parceira da vitória.
Enquanto não passar essa temporada de ascos, que já demora tanto, não teremos razões de cantar.
Oportuno lembrar o aviso do poeta da Vila, o grande Noel – antes da vitória não se deve cantar glória...
Que nós vamos vencer é indubitável. Não ha razões para arredarmos.
De há muito que eles perderam o juízo. Com as ultimas com as quais subestimaram a nossa inteligência, nos lançaram as provas de que, realmente, endoidaram de vez.
Fora deste cercado, na terra que por herança escrita com as vitórias nas guerras contra os invasores é de todos nós, maranhenses, os brasileiros nos perguntam em tom de cobrança – mas, até quando?
Para entender o cenário é preciso conhecer o autor. E no caso não há só o cabeça, mas conjuminâncias emaranhadas, misturando pernas e confundindo as coisas, num vai e vem maluco,  como na canção de Cazuza.
O dia nasce feliz! Só para eles, é claro.
Consolam as histórias reais sobre o começo, o meio e fim dos déspotas. Geralmente começam sob os embalos das emoções populares que atordoadas no desencanto com o déspota em decadência no plantão nem param para avaliar se o novo salvador que legitimam não irá também, lá adiante, lhes enganar.
O século 20 foi pródigo em inventar déspotas que donos dos seus cercados não se conformando com o poder que detinham ainda avançaram nas terras dos outros.
Como os poetas da escalação federativa de Drummond, que os classifica em municipais, estaduais e federais, os déspotas, no Brasil, ocuparam Municípios, Estados e o País.
No cenário do vasto mundo, muito há ainda a contar sobre o mau que fizeram à humanidade figuras como Stálin, Hitler, Mussolini, Pinochet e mais os generais que se revezaram  no quero – posso e mando, na América Latina.
Todos, ou quase todos, se foram com o século. Cada um com seu grande final. Hitler deu um tiro na boca. Mussolini amanheceu dependurado de cabeça pra baixo num posto de gasolina. Stálin nem esperou pelo demônio – morreu antes de morte morrida.
Os que ainda restam por aí nas dimensões diversas estão em seus últimos estertores. Ninguém os esquecerá, com certeza. Por causa do mal que fizeram e ainda fazem ao Povo.
Por enquanto, gente, nada de cantar em coro querendo acalmar este nosso silêncio. Vamos fazer só uma pequena introdução ao canto geral de daqui a pouco.
Comecemos assobiando aquele hino que segurou as esperanças do Brasil cansado dos abusos e das intolerâncias dos manda chuvas de então – hoje você é quem manda, falou tá falado, não tem discussão. (...) Apesar de você, amanhã há de ser outro dia...
Vamos pensar – como constatou Freud – que cada um de nós é um cavaleiro montado, que pensamos ter as rédeas nas mãos, mas às vezes o cavalo tem ideias próprias e nos leva a lugares surpreendentes.
Imagino que esse cavalo seja o inconsciente popular no tempo, trazendo alentos novos com ideias próprias a nos inspirar à ação fortalecida pela unidade necessária e só eficaz se na mesma fé.

Nenhum comentário: