quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Menos Um

Poder e dinheiro, palácios, séquitos, áulicos, quero, posso, mando e tem mais, quer saber, com os Kadafis nunca vai acontecer nada, eles estarão sempre blindados.

Nessa invencibilidade aparente, mas que se arrastou por 42 anos, o que dominava mesmo era o medo. As pessoas morriam de medo dos Kadafis.

Corruptos, sem qualquer freio ético ou moral, Kadafi e seus filhos não distinguiam uso indevido do poder de abusos de poder. Estavam em todos os negócios. De hotelaria a futebol.
Quando a primavera árabe irrompeu pondo para correr os ditadores do continente foi proposto a Kadafi que se ele entregasse o poder calmamente poderia sair da Líbia sem confusão e garantir a sua integridade física e dos seus num exílio negociado com algum País da região.
A arrogância de Kadafi e de seus filhos não lhes permitia abrir mão de nada. Não compreenderam que já haviam chegado ao fim. Demoraram demais no Poder e quando a demora é longa a tendência é ceder o tempo para o triunfo do mal.
E maldades mesmo para valer eram com Kadafi e seus filhos.
Hoje pela manhã ele foi pego com vida, escondido que nem um rato num enorme cano de esgoto que ele mandou instalar, e foram centenas que ele mandou instalar como túneis, para algum momento em que precisasse fugir.
O valentão correu, atiraram-lhe nas pernas. Um soldado rebelde mais afoito acertou-lhe um tiro na têmpora. Foi erro. Deveriam levá-lo vivo numa jaula para que o mundo inteiro o visse assim aprisionado como prova viva de que nenhum crime compensa.
Depois, deveria ter sido levado ao Tribunal Penal Internacional onde por longos meses de julgamento procuraria se explicar, perante o mundo, das tantas atrocidades que o seu poder absoluto perpetrou.
Só depois de tudo é que a Corte deveria resolver como aplicar a pena. Se por choque elétrico, injeção de veneno, enforcamento ou como as formigas que comeram a farinha dos frades. Por incineração ou afogamento.
Em tudo que é canto do mundo, infelizmente, ainda há algum Kadafi que ainda não percebeu já haver chegado ou passado a sua hora.

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