terça-feira, 8 de setembro de 2020

Chefe do Centro de Inteligência do Exército morre após contrair covid-19

O general de brigada Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira, de 53 anos, integrou a comitiva brasileira que foi ao Líbano em agosto

Em nota, o Comando do Exército lamentou a morte do general. Foto: Eduardo Maia/Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte

O chefe do Centro de Inteligência do Exército (CIE), general de brigada Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira (na foto acima), morreu na manhã desta terça-feira, 8, vítima de complicações da covid-19. O general, que tinha 53 anos, estava internado no Hospital das Forças Armadas havia dez dias.

Em nota, o Comando do Exército lamentou a morte do general e informou que o corpo será cremado em cerimônia restrita aos familiares. O comunicado, no entanto, não cita a doença.

Ainda em agosto, antes de testar positivo para o novo coronavírus, o general Sydrião integrou a comitiva brasileira que foi ao Líbano para prestar apoio após a explosão que devastou bairros inteiros na capital do país, Beirute. O grupo foi coordenado pelo ex-presidente Michel Temer.

Nascido em Fortaleza, em 29 de abril de 1967, Sydrião ingressou no Exército por meio da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em 1985. Durante sua carreira fez os cursos básicos e de inteligência e de Altos Estudos. Esta era a segunda vez que servia no CIE.

Como coronel, Sydrião comandou o Batalhão da Polícia do Exército de Brasília. Como general, antes de assumir o CIE, comandou a 7ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Natal, Rio Grande do Norte. A morte inesperada de Sydrião causou enorme comoção entre os militares.

No seu primeiro posto de general, no comando da Brigada de Infantaria em Natal, em entrevista publicada em um jornal local, o  Sydrião defendeu os militares que estavam integrando o governo de Jair Bolsonaro. “A maioria dos militares que está ocupando cargos de confiança e importantes, eu conheço. Asseguro que são extremamente capazes e têm condições de contribuir com o País”, disse em maio de 2019. O general deixa esposa e três filhos.

Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo
08 de setembro de 2020 | 17h06





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