domingo, 21 de junho de 2020

Enquanto isso, o Brasil supera marca de 50 mil mortes por coronavírus

Mundo tem 8,9 milhões de casos e 466 mil mortes. 
Brasil supera marca de 50 mil mortes, afirma consórcio de veículos de imprensa
Espanha suspende estado de alarme

Consórcio de imprensa afirma que o Brasil passou dos 50 mil mortos por covid-19

11:15 - Casos de covid-19 em frigorífico alemão chegam a 1.300

O número de casos confirmados de covid-19 em um frigorífico no estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália aumentou para 1.331 neste domingo, com 300 novos resultados positivos em exames realizados nos funcionários do local. As autoridades ainda aguardam o resultado de outros 250 testes, de um total de 6.139 realizados na sede da empresa Tönnies.

Apesar do número expressivo de casos confirmados, as autoridades minimizaram a possibilidade do surgimento de uma segunda onda da doença. O governador do estado, Armin Laschet, durante visita ao local no município de Guterslöh, disse que não há, até o momento, necessidade de se impor um lockdown na região.

Mesmo reconhecendo um "alto risco pandêmico", Laschet observou que o surto foi detectado logo no início, eliminado a necessidade de medidas mais drásticas para conter a doença. Após se reunir com a equipe de emergência que atua na região, ele afirmou que não há um "salto significativo" de contaminações no resto da população local.

Entretanto, o governador não excluiu a possibilidade de impor medidas de isolamento caso os esforços para conter o vírus não tenham o resultado esperado. Todos os funcionários da empresa foram colocados sob quarentena, mas existe a possibilidade que tenham infectado familiares e amigos, que poderiam espalhar ainda mais a doença.

Laschet ofereceu ajuda adicional à comunidade, para onde foram enviados profissionais de saúde, militares e policiais para contribuir para conter do surto, rastrear sua origem e fazer valer as medidas de quarentena impostas aos funcionários.

O surto no frigorífico, o maior do gênero na Alemanha, gerou protestos em frente à sede da empresa, com muitas pessoas pedindo a renúncia do proprietário, Clemens Tönnies. Ele, porém, garantiu que vai tirar a empresa da crise. O governador disse esperar que Clemens cumpra suas promessas de implementar novas regras e condições para um ambiente de trabalho mais seguro.

A Renânia do Norte-Vestfália foi um dos estados alemães mais atingidos pelo coronavírus. Laschet foi um dos governadores que mais pressionou pelo relaxamento das medidas de confinamento e pela reabertura da economia.

O Instituto Robert Koch (RKI) para o controle e prevenção de doenças infecciosas confirmou neste domingo 687 novos casos de covid-19 na Alemanha, registrando um leve aumento em relação ao dia anterior, onde foram detectadas 601 novas infecções. O Instituto também atualizou o número acumulado de mortes para 8.882.

O número efetivo de reprodução R para o Sars-Cov-2 saltou na Alemanha para 1,55 neste sábado, de 1,17 na véspera. Ele indica o potencial de propagação do vírus, refletindo o transcorrer dos contágios nos últimos oito a 16 dias. Por sua vez, a média dos últimos quatro dias chegou a 1,79. Esse aumento se deve ao surto da doença surgido no frigorífico em Gütersloh.

10:30 – Espanha suspende estado de alarme

A Espanha voltou a abrir suas fronteiras aos originários dos países do Espaço de Schengen, exceto Portugal, para quem o bloqueio será mantido até 1º de junho, a pedido de Lisboa. Após 99 dias, os espanhóis também podem voltar a circular livremente: desde a 00h00 (hora local) deste domingo, está suspenso o estado de alarma devido ao coronavírus.

Os 47 milhões de habitantes estavam sujeitos às regras de confinamento mais rigorosas da União Europeia, o que desencadeou acalorados debates na política e sociedade. O país chegou a ser um dos principais focos de covid-19, contabilizando cerca de 246 mil infecções e mais de 28.300 mortes.

Em discurso televisado e evocando fontes científicas, o presidente do governo, Pedro Sánchez, afirmou que, graças às restrições sociais drásticas, conseguiu-se salvar 450 mil vidas. Ao mesmo tempo apelou aos espanhóis para que se mantenham cautelosos: "O vírus pode voltar e podemos ser apanhados por uma segunda onda de contágios."

Na "nova normalidade" da Espanha continuarão valendo a obrigatoriedade de máscaras protetoras e regras de higiene estritas.
Chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, fala na televisão

Chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez: "Podemos ser apanhados por uma segunda onda de contágios."

09:25 - Brasil supera marca de 50 mil mortes por covid-19, afirma consórcio jornalístico

O consórcio de veículos da imprensa brasileira que compila dados das secretarias estaduais de Saúde sobre a covid-19 em todo o país afirmou que o Brasil superou neste domingo a marca de 50 mil mortes por coronavírus.

O levantamento dos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo e dos portais G1 e UOL contabiliza 50.096 mortes em pouco mais de três meses, desde o primeiro óbito pelo novo coronavírus no território brasileiro.

Segundo o consórcio, o país teve 968 mortes e 30.972 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Os veículos de imprensa destacam ainda que o número de óbitos e infecções deve ser ainda maior, devido à subnotificação e a um "gargalo" na testagem e certificação das causas de morte, uma vez que as contagens incluem apenas os casos confirmados.

Até a manhã deste domingo, os portais do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que reúne os titulares das 27 secretarias de Saúde da federação, contabilizavam 49.976 mortos e 1.067.34666 casos na contagem acumulada.

A diferença entre as duas contagens se deu após o consórcio de imprensa incluir também os dados de Goiás, Roraima e Rondônia, que foram divulgados após o balanço do Ministério da Saúde.

Resumo deste sábado (20/06):

Brasil tem mais de 1 milhão de casos, 49 mil óbitos e 507 mil recuperados.

Índice R sobe para de 1,17 para 1,55 na Alemanha

EUA registram 30 mil novos casos de infecção

Novartis põe fim a testes com hidroxicloroquina para tratar covid-19

Fonte: Deutsche Welle, a emissora internacional da Alemanha. Jornalismo independente em 30 idiomas.

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