quinta-feira, 14 de maio de 2020

Superintendente do Porto de Santos é morto a tiros em rodovia

Valter Barbosa foi baleado na frente da mulher na Regis Bittencourt.


O oficial aposentado da Marinha, Valter Barros Barbosa Linkedin/Reprodução

O superintendente de Operações Portuárias da Santos Port Authority (antiga Codesp), o capitão de corveta Valter Barros Barbosa, foi assassinado nesta quarta-feira, dia 13, a tiros dentro do carro na Rodovia Régis Bittencourt, na altura da cidade de Cajati, interior de São Paulo. As informações foram confirmadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) de São Paulo, cuja guarnição foi a primeira a chegar ao local.

A mulher de Barbosa, que era oficial aposentado da Marinha, assistiu ao crime. Ela contou à polícia que estava dirigindo quando, num dado momento, começaram a ser fechados por um carro prata antigo.  O casal, então, parou no acostamento para trocar de motorista. Em seguida, o automóvel chegou e uma dupla com o rosto coberto anunciou o assalto. Enquanto ela descia do veículo, ouviu os disparos efetuados contra o marido. Os bandidos levaram a carteira e o celular dele.  As informações constam do boletim de ocorrência divulgado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O caso está sendo investigado por suspeita de latrocínio pela delegacia de Cajati, mas há outras hipóteses sendo aventadas, como a de crime premeditado.

“A investigação ainda é muito precoce para afirmarmos que houve uma emboscada, o que requer planejamento, ou se foi um crime oportunista, o que, infelizmente, ocorre nessa região”, afirmou o delegado Ivan Agostinho, da seccional do Vale do Ribeira. Ele frisou que ainda não dá para descartar nenhuma linha de apuração, tendo em vista que Barbosa ocupava um posto importante no Porto de Santos.

Neste momento, a Polícia Civil está avaliando as imagens das câmeras de monitoramento da rodovia. Já se sabe que uma delas que poderia ter flagrado o assassinato estava virada para o outro lado.

Barbosa estava viajando em direção a Santa Catarina para assumir o posto de Diretor de Infraestrutura e Logística do Porto de Imbituba. O seu último dia como superintendente de Operações Portuários de Santos foi na última segunda-feira, dia 11. Como oficial da Marinha, ele fez cursos de inteligência e contrainteligência e realizou atividades de inspeção e vistoria nos portos de Santos e São Francisco do Sul.

Ninguém ainda foi preso. A mulher da vítima chegou a passar mal no local do crime e precisou receber atendimento médico.

Por Eduardo Gonçalves, Roberta Paduan, de VEJA - Atualizado em 14 maio 2020, 15h29 - Publicado em 14 maio 2020, 11h39

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