terça-feira, 5 de maio de 2020

Mundo tem mais de 250 mil mortes por covid-19.

Óbitos podem chegar a 3 mil por dia nos EUA até junho, diz documento. Apesar de redução das infecções, instituto alemão pede manutenção do distanciamento social.

Brasil tem 114.715 casos e 7.921 mortes, segundo Ministério da Saúde

Coronavirus Cottbus - Musiker musizieren für Krankenhauspatienten
    
Mulher de máscara e músico de máscara ao fundo
"Manter distância é o novo cotidiano", disse presidente do Instituto Robert Koch, na Alemanha

Resumo desta terça-feira (05/05):

Mundo tem 3,57 milhões de casos de covid-19 confirmados e 251 mil mortes; 1,17 milhão se recuperaram

Mortes por covid-19 podem chegar a 3 mil por dia nos EUA até junho, diz documento

Baviera anuncia reabertura de restaurantes e hotéis

OMS pede que países investiguem casos de pneumonia para rastrear covid-19

19:00 - Brasil registra novo recorde diário de mortes por covid-19: 600 nas últimas 24 horas

Novo balanço do Ministério de Saúde aponta que o Brasil registrou mais 600 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. O total chega a 7.921 no país. Na segunda-feira, foram registradas 296 mortes. Até esta terça-feira, o recorde de óbitos diários havia ocorrido em 28 de abril, quando 474 pessoas morreram.

O número de casos também saltou para 114.715, com mais 6.935‬ identificados nas últimas 24 horas.

O ministério ainda apontou que há 58.573 pacientes em acompanhamento e 48.221 recuperados. Há ainda 1.579 óbitos em investigação.


Ministério da Saúde

▶️ 114.715 casos confirmados
▶️ 7.921 óbitos 
▶️ 58.573 em acompanhamento
▶️ 48.221 recuperados
▶️ 1.579 óbitos em investigação

14:00 - Ceará prorroga isolamento e impõe uso de máscaras

O governo do Ceará prorrogou por mais 15 dias o decreto de isolamento social no estado, que agora deve durar até 20 de maio. O novo decreto ainda prevê que o uso de máscaras será obrigatório para a população.
O último balanço do Ministério da Saúde aponta que o Ceará tem 11.040 casos do novo coronavírus e 712 mortes pessoas.

12:25 - Principal autoridade da Alemanha sobre covid-19 alerta para novas ondas de infecção

A principal autoridade da Alemanha sobre a pandemia de covid-19, o presidente do Instituto Robert Koch, alertou nesta terça-feira para uma segunda e terceira onda de infecções pelo novo coronavírus.

"É uma pandemia, e numa pandemia o vírus contagia entre 60% e 70% da população", afirmou Lothar Wieler a jornalistas ao ser questionado sobre um aplicativo para rastrear com quem infectados tiveram contato.

Segundo ele, uma segunda de infecções pelo coronavírus Sars-Cov-2 virá com certeza. Wieler observou ainda que especialistas esperam uma terceira onda de infecções. Ele afirmou também que um aplicativo para rastrear os contatos é necessário no decorrer da pandemia.

12:00 - Na Espanha, 70% dos novos casos foram detectados em profissionais de saúde

Mais de 70% dos novos casos de covid-19 na Espanha nas últimas 24 horas foram detectados em médicos, enfermeiros e funcionários que combatem a epidemia no país. Os números mais recentes do Ministério da Saúde espanhol confirmam a tendência observada nas últimas semanas sobre o aumento das transmissões entre esses profissionais.

Desde o início da epidemia, a Espanha soma mais de 250 mil casos, incluindo os que foram detectados através dos testes de anticorpos. Entre estes, 18% (43.956) eram de profissionais da saúde. Nas regiões mais afetadas do país, Madrid e Catalunha, dois hospitais de grande porte registraram uma taxa de 11% de infecções entre os funcionários.

O diretor do Departamento de Emergências do Ministério da Saúde, Fernando Simon, havia dito que as transmissões entre os profissionais eram "significativas", mas ainda "menos graves" do que os casos na população em geral, uma vez que os funcionários da saúde têm idades mais baixas.

A taxa de mortalidade entre eles é de 0,1%, em contraste com os 7,8% referentes aos demais cidadãos. Simon afirma que poucos tiveram de ser hospitalizados ou internados nas UTIs, segundo afirmou, em razão da pouca idade.

No auge da epidemia, com os hospitais à beira do colapso, muitos profissionais se queixavam de que não havia material de proteção suficiente, como luvas e máscaras. 

A Espanha iniciou medidas para relaxar a quarentena após semanas de declínio consistente no número de morte e nas transmissões.

11:00 - OMS pede que países investiguem casos de pneumonia para rastrear covid-19

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira (05/05) que países investiguem casos de pneumonia do fim de 2019 que podem ser considerados suspeitos de covid-19 ocorridos antes de os primeiros confirmados, após relatos de que a doença teria surgido na França em dezembro, bem antes do que se pensava.

Autoridades chinesas reportaram a doença causada pelo novo coronavírus – mais tarde batizados de covid-19 e Sars-Cov-2, respectivamente – no dia 31 de dezembro. Até agora, acreditava-se que o coronavírus não tinha chegado à Europa antes de janeiro.

"Isso proporciona uma nova visão sobre tudo", disse o porta-voz da OMS Christian Lindmeier em Genebra. "A descoberta nos ajuda a compreender melhor a potencial circulação da covid-19", afirmou. Ele acredita que outros possíveis casos precoces como o da França poderão surgir após novos testes.

10:20 - Baviera anuncia reabertura de restaurantes e hotéis

O estado que possui a maior taxa de infecção pelo coronavírus Sars-Cov-2 na Alemanha anunciou o relaxamento mais abrangente das regras de confinamento no país desde que foram adotadas, há semanas, para conter a disseminação do novo coronavírus.

O governador da Baviera, Markus Söder, informou que os restaurantes poderão receber clientes nos ambientes externos a partir do dia 18 de maio e, depois de uma semana, também nas áreas internas, ainda que com número limitado de clientes, horários de abertura restritos e precauções rígidas de higiene.

Os hotéis poderão voltar a receber turistas a partir do dia 30 de maio, mas as piscinas e saunas devem permanecer fechadas. A medida virá a tempo do feriado prolongado de Pentecostes, quando o estado espera receber um grande número de visitantes.

"Chegou o momento de uma reabertura cautelosa", disse Söder, destacando o que qualificou como o "sucesso" de seu estado na contenção do coronavírus. Há poucas semanas, o governo bávaro decidiu cancelar a Oktoberfest em Munique, que seria realizada de meados de setembro até o primeiro fim de semana de outubro, em meio aos temores gerados pela pandemia de covid-19.

A decisão da Baviera sobre a reabertura gradual foi anunciada na véspera de uma nova reunião entre os governadores dos 16 estados alemães e a chanceler federal, Angela Merkel, justamente para decidir sobre os próximos passos no relaxamento das medidas de precaução adotadas no país. A chefe de governo se encontra sob forte pressão para aliviar as restrições que levaram a economia do país a uma forte recessão.

9:50 - Reino Unido se torna o país com mais mortes por covid-19 na Europa 

Com mais de 32 mil mortes por covid-19, o Reino Unido superou a Itália na contagem de mortos e se tornou o país com mais vítimas da doença na Europa.

Segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas, foram 29.648 mortes registradas nas quais a covid-19 é mencionada nos atestados de óbito na Inglaterra e no País de Gales até o dia 2 de maio. Incluídos os óbitos na Escócia e Irlanda do Norte, a contagem chega a 32.313, segundo cálculos divulgados pela agência de notícias Reuters.

Diferentemente da metodologia utilizada no Reino Unido, os cálculos na Itália não incluem casos suspeitos. Na semana passada, o governo britânico passou a incluir também as mortes ocorridas fora dos hospitais, de pessoas que haviam sido diagnosticadas com o coronavírus, nas contagens diárias.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, a Itália soma 29.079 mortes.

08:30 - Mortes por covid-19 podem chegar a 3 mil por dia nos EUA até junho, diz documento

Um documento interno do Centro de Controle de Doenças (CDC) nos Estados Unidos vazado à imprensa revela previsões de uma piora acentuada na crise gerada pelo novo coronavírus nos EUA.

Segundo reportagens divulgadas nesta segunda-feira (04/05) pelos jornais The New York Times e Washington Post, o número de infeções diárias no país pode octuplicar, chegando a 200 mil até o início de junho, em contraste com a média de 25 mil novos casos registrados diariamente no país.

De acordo com o documento, a contagem diária de mortos no país pode aumentar significativamente e chegar a 3 mil até o final de maio. Segundo estimativas, a média diária dos óbitos é atualmente de cerca de 2 mil no país, que já e o mais atingido pela pandemia de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. As projeções se baseiam em dados compilados pela Agência Federal de Gerenciamento de Emergências.

05:40 - Alemanha: "Manter distância é o novo cotidiano"

O número de mortes pelo novo coronavírus na Alemanha aumentou para 6.831, com 139 óbitos nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Robert Koch (RKI) de controle e prevenção de doenças.

O aumento na contagem diária foi bastante significativo, se comparado às 43 mortes registradas no dia anterior. Entretanto, os números na Alemanha tendem a subir no início da semana, quando as autoridades incluem os dados não contabilizados durante o fim de semana.

A contagem de novos casos no país aumentou em 658 nas últimas 24 horas, elevando o total para 163.860. "O número de casos de infecção reportados continua diminuindo. É uma notícia muito boa", disse Lothar Wieler, presidente do RKI. Na semana passada, entre 700 e 1.600 casos foram registrados por dia. Mais de 135 mil pessoas já se recuperaram da doença no país.

A taxa de reprodução do coronavírus Sars-Cov-2 na Alemanha é atualmente de 0,71, o que significa que, em média, uma pessoa infectada contamina 0,71 pessoa, o que indica que o número de infecções deve cair com o tempo. Há alguns dias, a taxa havia voltado a subir para 1,0.

Wieler enfatizou que os números são um registro momentâneo. As recomendações em vigor até o momento devem continuar sendo respeitadas para que o número de infecções se mantenha baixo. "Manter distância é o novo cotidiano", disse.

Fonte: Deutsche Welle, a emissora internacional da Alemanha. Jornalismo independente em 30 idiomas.

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