sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Trump manda matar líder militar do Irã e Aiatolá reage prometendo vingança severa

O primeiro reflexo disso no Brasil é a possibilidade de aumento no preço dos combustíveis, em especial a gasolina. O Presidente Bolsonaro disse que ligou para o Presidente da Petrobrás, Castelo Branco, mas ele não atendeu. Supõe que esteja em alguma reunião muito importante. Tentou falar com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, também não conseguiu.

O Presidente do Brasil quer se inteirar de tudo para só então fazer o seu juízo de valor. "Eu quero ter todas as informações deles. Que vai impactar, vai. Agora vamos ver o nosso limite aqui. Se subir... já está alto o combustível, se subir muito, complica". Ele disse.

Suleimani, o general iraniano era figura muito reverenciada nas Forças Armadas e uma das autoridades de mais alto nível do seu País. Segundo o Pentágono, "o general Suleiman estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda região" (do Oriente Médio). A Casa Branca confirmou que a ordem para matar o líder militar do Irã foi direta do Presidente Trump.

O Aiatolá Khamenei, líder supremo do Irã, prometeu "vingança severa".

Até antes do Governo de Barack Obama os Estados Unidos, sob a administração do Presidente Bush (filho), tinham incluido o Irã no que os republicanos chamavam de eixo do mal, o que incluia também a Coreia do Norte. Depois de longas negociações com o Governo Obama, o Irã concordou em suspender o seu programa nuclerar, o que repercutiu positivamente nas relações politicas e comerciais entre os dois países.

Com a volta dos republicanos ao poder, agora sob o Governo de Donald Trump, muitos acordos multilaterais foram sendo desfeitos, começando pelo de suspensão do programa nuclear do Irã do que resultou, de pronto, o retorno das sanções econômicas contra o Governo de Teerã. Estima-se que passam de 200 bilhões de dólares os prejuízos do Irã em exportações e investimentos perdidos.

Três dias antes do assassinato do general Soleimani, e também do Vice - Comandante da Força de Mobilização Popular, integrantes desse grupo integrado às forças de segurança do Iraque em combate contra o Estado Islâmico tentaram invadir a Embaixada dos Estados Unidos  em Teerã em protesto contra bombardeios norte-americanos  que mataram, no último domingo, 25 milicianos da Kataib Hezbollah.

O Governo Trump informou que os ataques foram em represália a uma ofensiva do grupo de milicianos responsável pela morte de um funcionário terceirizado numa base dos Estados Unidos em Tikrit, no Iraque. Os norte-americanos mantém hoje no Iraque cerca de 5 mil soldados em guerra contra o Estado Islâmico, conforme acordo militar firmado entre os governos de Bagda e Washington.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsanaro, disse que, na volta do hospital onde foi visitar sua mulher, Michelle, que convalesce num hospital em Brasília de uma cirurgia para a correção de um estreitamento do músculo do abdomen e troca de próteses antigas de silicone que a incomodavam muito, irá conversar com o Ministro da Segurança Institucional, General Heleno, sobre os possíveis impactos que o ataque dos Estados Unidos ao Irã terão sobre os preços dos combustíveis.

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