segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Maioria contra Maduro reelege Guaidó em sessão paralela na redação do El Mercúrio

Uruguai, México e Argentina, países aliados a Nicólas Maduro, ditador da Venezuela, criticaram o uso da força policial para barrar a entrada dos Deputados da Oposição no prédio da Assembleia Nacional, impedindo, assim, a reeleição do Presidente Juán Guaidó.

A minoria fiel a Maduro proclamou o Deputado Luís Parra como novo Presidente.

Na sequencia, a maioria opositora em reunião paralela na redação do jornal El Mercúrio confirmou Guaidó em novo mandato de Presidente. A decisão foi respaldada por todos os países que integram o Grupo de Lima, exceção apenas do México e da Argentina.

Líder opositor Juan Guaidó precisou pular o muro para conseguir ingressar no prédio Foto: FEDERICO PARRA / AFP

Juan Guaidó precisou saltar sobre um cercado de ferro para poder entrar no prédio da Assembleia Nacional. (FEDERICO PARRA / AFP. Reprodução de O GLOBO).

Assim reagiram os tres paises que não reconhecem Juan Guaidó como Presidente da República interino:

México - "“O México faz votos para que a Assembleia Nacional da Venezuela eleja democraticamente seu Conselho Administrativo, de acordo com o processo estabelecido na Constituição daquele país irmão. O funcionamento legítimo do Poder Legislativo é um pilar inviolável das democracias”, disse a chancelaria mexicana no Twitter.

Argentina - "— Impedir pela força o funcionamento da Assembleia Legislativa é condenar-se ao isolamento internacional. Rejeitamos essa ação e instamos o Executivo venezuelano a aceitar que o caminho é exatamente o oposto. A Assembleia deve eleger seu presidente com total legitimidade".

O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Felipe Solá, lembrou que o governo recém-eleito de Alberto Fernández “tem tentado por todos os meios que o diálogo e os acordos sejam o caminho para a plena recuperação do funcionamento democrático da República Bolivariana da Venezuela”.

Uruguai - "“A atitude do governo venezuelano prejudica seriamente os esforços da comunidade internacional para colaborar com os venezuelanos, através do diálogo e da negociação, para conseguir uma saída da grave crise institucional naquele país”, afirmou o governo de Tabaré Vázquez, em comunicado.

O Presidente eleito do Uruguai Luis Lacalle Pou, que assumirá em março, disse pelo Twitter que os acontecimentos na Assembleia Nacional da Venezuela foram “um golpe na institucionalidade democrática”.

Guaidó destacou a posição da Argentina e do México, que “apesar das diferenças ideológicas”, criticaram a “violação contra o Parlamento”.

Os Estados Unidos anunciaram que estão estudando sanções adicionais para aumentar a pressão sobre o governo Maduro. Em uma ligação de cerca de uma hora a Guiadó, o
vice-presidente dos EUA, Mike Pence, parabenizou o líder da oposição venezuelana por sua reeleição.

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