quarta-feira, 8 de maio de 2019

O dono da voz

Em sua coluna Radar (veja.abril.com.br), Mauricio Lima informa que um estudo do perfil do Twitter de Jair Bolsonaro, feito pelo professor Francisco Brandão, do Laboratório de Governo Eletrônico e Políticas Públicas da Universidade de Brasília (UnB), analisou 97% dos 6.659 tuítes do presidente da República, postados entre 31 de março de 2010 (a data, obviamente, de sua criação) e 30 de abril deste ano.

O nome da conta mais mencionado é do filho Carlos Bolsonaro, com 428 citações. Os outros filhos vêm na sequência: Eduardo, com 329, e Flávio, 202. Entre os 50 nomes mais citados estão Olavo de Carvalho (55), Alexandre Garcia (9) e Pastor Malafaia (7)."

"São muitos os dados. Em 2011, o então deputado (Bolsonaro) fez apenas uma postagem na qual dizia que Twitter não era com ele, mas com seus filhos. “É complicado me dedicar ao twitter, por isso peço q sigam meus filhos @verbolsonaro (Carlos) e @flaviobolsonaro q retransmitem meus pensamentos.”

Segundo a pesquisa, o tuíte de Bolsonaro mais curtido nesses anos foi o que faz referência à ligação telefônica de Donald Trump o cumprimentando pela vitória no ano passado: 220 mil. Entre os cinco mais estão o da escolha de Sérgio Moro para ministro da Justiça e, mais recente, o da defesa que fez de Danilo Gentili."

"O levantamento mostra que algumas palavras muito usadas em 2018 sumiram em 2019. Deus, por exemplo: caiu de 51 para 20. Lula, caiu de 33 citações para 3. Outras apareceram mais: durante a campanha, o candidato do PSL citou Previdência apenas 3 vezes. Neste ano, subiu para 34 referências à reforma, que ele evitou na disputa presidencial."

Nenhum comentário: