Candidata, a senhora se leu não entendeu nada. Eu não governo o Brasil. Ainda. Governei um modesto Estado que incidentalmente entrou num samba do Noel. E por falar em Noel, candidata, poderia explicar para o Brasil esse seu PAC das crianças?
Candidato, você parece que nunca foi criança. O dia da criança é o dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante.
Obrigado, candidata.
Entendi. Agora eu pergunto. No seu Governo a lei Maria da Penha será
flexibilizada para inibir a violência domestica também entre os casais homo afetivos?
Candidato, você é muito engraçado. Você sabe que não fiz faculdade de Direito, até porque meu pai era engenheiro. E o sonho dele era me ver de macacão e capacete subindo nos postes quando durante a chuva pintasse um apagão no bairro. Mas o seu avô foi do Ministério Público, candidato. Pensa que eu não sei...
Candidato, você é muito engraçado. Você sabe que não fiz faculdade de Direito, até porque meu pai era engenheiro. E o sonho dele era me ver de macacão e capacete subindo nos postes quando durante a chuva pintasse um apagão no bairro. Mas o seu avô foi do Ministério Público, candidato. Pensa que eu não sei...
Candidata, a senhora
não respondeu a minha pergunta. Insiste na mesma leviandade dos ataques
pessoais. As pessoas que estão nos assistindo não querem saber de ataques,
candidata. Querem saber o que temos a lhes oferecer e ao País nos próximos
quatro anos. Vamos falar de mobilidade urbana, de ciclovias, de redução dos
gases no transito. Qual a sua proposta, candidata?
Candidato, eu já fiz
obras das mais variadas, desde obras da mobilidade urbana, como é a solução ali
do Largo do Abacaxi, da via do Abacaxi, rótula do Abacaxi, que virou, segundo
eles, quando eu fui lá inaugurar uma rota diferente, uma rótula diferente, a
rótula do Quiabo, a rótula que sai Abacaxi tranca e o quiabo flui. Vou fazer o
PAC da Monark, da Caloi, da Gulliver e agora tem umas elétricas aí que o BNDES
também vai financiar. E o senhor, candidato, vai mandar fechar as fábricas de
bafômetros?
Candidata, lá vem a
senhora outra vez com as suas leviandades. Não me desconstrua que não sou
Harry. A Oposição quer saber onde a senhora escondeu aquele cão labrador lhe
serviu de mascote na sua primeira campanha. A Oposição quer saber, afinal, quem
é verdadeiro dono do cão que a senhora despejou do Palácio da Alvorada. Foi
exilado no Torto ou na Papuda? Afinal, a senhora, candidata, sabe ou não sabe
que houve um rombo?
Candidato, o senhor é muito do ousado. Qual é o rombo? Eu vou dizer qual é o rombo. Eu quero saber o que há. Eu não sei o que há ou sei? Não sei. O senhor sabe o que há? Vou fazer só um raciocínio – como vocês e os jornalistas da Oposição sempre sabem tudo primeiro do que eu, como eu não sei o que há. Nosso País precisa também, candidato, de ter um compromisso com aqueles que desviam dinheiro público.
Candidata, não
entendi que compromisso é esse. A senhora tem certeza do que está dizendo?
Candidato, quem é
contra ter um compromisso com os que desviam dinheiro público? Só se for o
senhor.
Candidata, a senhora se expressa mal. Fala sem pensar. E confunde Oludum com Astro de Ogum, que está na bica para assumir o trono de La Ravardiere. Eu pelo menos nem falo tudo o que penso. Mas senhora, candidata...
Candidato, meu querido...
(êpa, êpa, êpa! Ainda tem criança na sala? Retirem as crianças da sala, por favor! / Ama com fé e orgulho a terra onde nasceste. / Criança, não verás País nenhum como este! – Olavo Bilac).
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