sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Fenômenos

Então, amiga, amigo, como é que não sabíamos que a senhora que na história soma mais tempo de demora na curul é uma socióloga?

Antes de tudo, para que não haja mal entendido, convém explicar logo o que vem a ser curul e também o que é ser socióloga.

Curul era como chamavam na Roma antiga a cadeira incrustada de marfim reservada apenas aos altos dignatários. O tempo não desgastou o prestigio da cadeira de pernas curvas.

Daí que sentar na curul continuou sendo para alguns um grande privilégio.

Daí não faltar ainda hoje no Maranhão quem até venda a alma ao diabo para se sentar na curul governamental pelo tempo que o toma lá dá cá com o governo federal consentir.

Sempre que ouvimos falar em sociologia logo nos remetemos ao Fernando Henrique, talvez o sociólogo mais bem sucedido, não porque tenha sido Presidente da República por duas vezes, mas por sua vasta e internacionalmente respeitada produção acadêmica.

Sociólogo é um pesquisador que precisou estudar ciências sociais por quatro anos seguidos e por mais tempo até obter sólida formação humanística, incluindo filosofia e ciência política.

Não sendo ainda hoje uma profissão de grandes oportunidades no mercado de trabalho, talvez porque ainda pouco compreendida, o sociólogo começa a encontrar espaços em assessorias de partidos políticos, em consultorias de marketing e em organizações não governamentais. O salário inicial? R$ 1.800,0. Isso mesmo. Hum mil e oitocentos reais por mês.

Mas sem o trabalho do sociólogo fica mais difícil compreender os fenômenos sociais e obter as respostas claras justificadoras de cenários, fundamentos e estruturas.

- Um dos problemas que está piorando a segurança é que o Estado está mais rico.


Qual socióloga ou sociólogo, sentado numa curul, teria a competência de explicar o fenômeno da violência urbana e nos cárceres do Maranhão num discurso tão sucinto conquanto brilhante, assim?

Vai ser a frase do ano!


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