quarta-feira, 1 de maio de 2013

Barítono

Num teatro mambembe, uma ópera. Abre-se o pano, aparece no centro do palco um tenor impressionando mais pela roupa espalhafatosa que veste do que pelo que diz entoando. 

Aos poucos, os ouvidos da plateia vão apurando o que soa no ar. Os risos começam discretos e quando o discurso cantado vai se tornando mais compreensível, as gargalhadas crescem.

De súbito, um auxiliar de palco aparece num canto e avisa quase gritando:

- Vocês estão rindo? Esperem um pouco. Depois deste aqui, virá o barítono...

É o que está acontecendo agora na Venezuela. Depois do Chavez, o Maduro. 

Ontem em Caracas, capital da Venezuela, o senhor entroncado chamado Cabelo pareceu se divertir achando muita graça do que assistia do seu possante assento de Presidente da Câmara.

Depois de negar o pagamento dos subsídios aos Deputados da Oposição, o Presidente do Legislativo deixou correr solta a pancadaria entre os seus colegas da situação e seus inimigos da oposição.

Ninguém acreditou antes que eles seriam capazes desses novos argumentos. 
 

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