Num
teatro mambembe, uma ópera. Abre-se o pano, aparece no centro do palco um tenor
impressionando mais pela roupa espalhafatosa que veste do que pelo que diz
entoando.
Aos
poucos, os ouvidos da plateia vão apurando o que soa no ar. Os risos começam
discretos e quando o discurso cantado vai se tornando mais compreensível, as
gargalhadas crescem.
De
súbito, um auxiliar de palco aparece num canto e avisa quase gritando:
-
Vocês estão rindo? Esperem um pouco. Depois deste aqui, virá o barítono...
É
o que está acontecendo agora na Venezuela. Depois do Chavez, o Maduro.
Ontem
em Caracas, capital da Venezuela, o senhor entroncado chamado Cabelo pareceu se divertir achando
muita graça do que assistia do seu possante assento de Presidente da Câmara.
Depois
de negar o pagamento dos subsídios aos Deputados da Oposição, o Presidente do
Legislativo deixou correr solta a pancadaria entre os seus colegas da situação
e seus inimigos da oposição.
Ninguém
acreditou antes que eles seriam capazes desses novos argumentos.
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