quinta-feira, 3 de maio de 2012

Resistir e Vencer


Viver no Maranhão hoje, em qualquer lugar, é aceitar de cara a possibilidade quase certa de ser assaltado a qualquer momento. Ou assassinado. A impunidade manda para as ruas, cada vez mais, os assaltantes e os assassinos.
O Estado mantido pelos impostos de todos para ser a instituição destinada à realização do bem comum sucumbiu dominado por uma elite politica despreparada, sem espirito publico, que só cuida dos seus interesses e ambições pessoais, espraiando maus exemplos às novas gerações.
O pivete que atua hoje na linha de frente da criminalidade se mira no mau exemplo do ladrão mais antigo, do assassino mais dissimulado, do receptador discreto, do agenciador de pistoleiros frio e calculista.
Na politica, raríssimas exceções à parte, as coisas que vemos hoje são de nos dar medo. Medo do futuro. Se o futuro vingar com essas coisas que estamos vendo por aí. Os maus exemplos predominam.
Quadrilhas organizadas recrutam menores de idade e os atiçam armados e bem treinados nos assaltos à luz do dia. Os assassinos que matam por encomenda andam de motocicletas e já nem escondem a cara.
Os inquéritos policiais não concluem. Se há processo judicial, o processo vira tartaruga. Se há condenação, o condenado escafedeu-se. Se é preso, aí a porca tosse porque o sistema penitenciário é um horror.
Falta ao Estado uma politica publica de segurança com cidadania. O modelo, concebido há alguns anos, está sendo vitoriosamente implantado no Rio de Janeiro.
O Maranhão, sob o Governo Jackson, foi o primeiro Estado a implantar esse modelo da segurança pública com cidadania.
Derrubado o Governo na covardia do golpe, as ações em curso foram dissolvidas voltando tudo ao que era. Por conseguinte, ao que está sendo em potencialidade danosa mais elevada.
A dificuldade maior está na busca da transformação fazendo valer princípios que  sejam os verdadeiramente republicanos. E fazendo valer valores que sejam efetivamente os democráticos.
A República foi proclamada no Brasil em 1889, mas ainda hoje, em 2012, as suas instituições e práticas não chegaram ao Maranhão. Sonegam-se as escolas com o ensino de qualidade à maioria da população. Negar escolas para a maioria é a maneira mais eficaz de impedir a chegada da Republica e de travar o avanço da democracia.
A ignorância pelo analfabetismo torna a pessoa presa fácil da manipulação dos poderosos. Afinal, para que são donos de redes de rádios e de televisão? Para manterem a maioria do Povo entorpecida no entretenimento de mau gosto e na disseminação das mentiras que lhes interessam.
O nosso Estado terá jeito, sim, quando as pessoas, somando maioria resoluta, não sendo mais reféns do medo e não se encantando com os falsos profetas, os salvadores da pátria, os redentores dissimulados, ah coitadinhos, entendendo que o Maranhão não é quintal de ninguém, formando uma corrente de boa vontade forte, inquebrantável, destronarem de vez, para valer, os corleones e os tataias.
Tarefa difícil, sim. Jornada longa, sim. Mas nada é impossível quando a vontade se move sob uma força maior, - a força da fé na inspiração do bem.

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