quinta-feira, 15 de setembro de 2011

É o Gastão

Contrariando os que, mesmo não sabendo de nada, vão logo suspeitando de tudo que é do Maranhão, a ida do Gastão para o Ministério do Turismo no lugar do Pedro Novais só confirma que no Maranhão também há exceções à incomensurável regra.

O Gastão tem um longo histórico politico, vem do movimento estudantil dos anos 60 no Ateneu e no Liceu em São Luis, foi Deputado Estadual, Secretário de Educação do Estado, Deputado Federal de destaque na Comissão de Educação, tem bom dialógo com setores expressivos da Oposição no Maranhão e o mais importante – ninguém nunca o apontou em envolvimento direto ou indireto em qualquer falcatrua com dinheiro público ou desvio ético em qualquer função pública.

Sarney, é verdade, não quis assumir sozinho a indicação do Deputado do PMDB do Maranhão para o Ministério da Dilma preferindo deixar a palavra final com o Temer, que é o Presidente de fato do partido.

Aconteceu que se o PMDB não corresse como correu para indicar imediatamente o substituto do Pedro correria o risco de perder na sua cota o Ministério do Turismo. Líderes do partido chegaram a jogar a toalha dizendo que abririam mão do Ministério.

O PC do B já estava com o nome de Flávio Dino engatilhado e Sarney, que sempre sabe bem antes das coisas, sabendo disso, defendeu o nome do Gastão, mas deixando em aberto que não se oporia a uma eventual indicação do atual Presidente da Embratur por quem, aliás, nos bastidores, propaga ter grande estima pessoal.

O outro aspecto é que o retorno de Novais à Câmara ameaçaria a convocação de Chiquinho Escórcio como Deputado, porquanto o outro titular licenciado, Pedro Fernandes, acaso contrariado por Roseana de quem é hoje Secretário, poderia reassumir a qualquer momento.

A saída de Gastão da Câmara para o Ministério assegura a estabilidade de Chiquinho, que é hoje o principal porta-voz e defensor de Sarney na Câmara baixa e demais do País.

Um comentário:

Mauricioazevedo1980@hotmail.com disse...

O Governo Dilma, como sempre, por conta de sua complicadas alianças, trocou seis por meia dúzia. Novais e Gastão são farinha do mesmo saco. Não vejo novidade. A política no Ministério do Turismo vai continuar a mesma.