quarta-feira, 22 de junho de 2011

Pilha Fraca

Os circundantes não estranham porque alheamento ao dia a dia da administração, isso nela é coisa antiga.

Às vezes tinha uns ímpetos daqueles que até lembram inícios de convulsão, mas se isso implicava em ter que fazer alguma coisa logo a repassava adiante.

Agora, percebendo, afinal, que o tempo não pára, parece ter sucumbido a outro sentimento do qual sempre fez questão de se manter distante. O bom senso.

Enfastiada com as rotinas de governo, vinha tocando a agenda mais ou menos como naqueles versos do Gil – eu quase não tenho amigos / eu quase que não consigo / ficar na cidade sem viver contrariado...

O poema fala ainda numa rês desgarrada nessa multidão / boiada caminhando a esmo...

Ultimamente ela tem passado mais tempo na casa de Brasília, onde o distinto cara metade pode ser visto pelas vias de menor movimento no lago sul, por volta das dez da manhã, fazendo cooper.

Os circundantes não têm mais duvida de que ela perdeu a vontade para essas coisas, cansou do brinquedo de governar.

Já deu até na Globo que fará tudo para ficar até o ultimo dia, que não será mais candidata a nada e que com o pai octogenário batendo em retirada daqui a três anos, ela também estará fora de tudo para então estar mais com ele.

Bacana, não?

O cetro e a coroa serão passados como herança ao irmão mais novo. Quem viver, verá...

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