Marqueteiros, quase todos, sabem ganhar muito dinheiro com eleições. Mas se soubessem ganhar eleições, seriam, muitos deles, eles próprios, os candidatos.
Produzir peças publicitárias de uma campanha é um serviço como outro qualquer na área de propaganda.
Com as pesquisas em mãos, interpretadas corretamente, o resto é bom gosto, bom senso e alguma criatividade.
Em áreas difíceis, pobres como o Maranhão, por exemplo, onde a maioria ainda iletrada e manipulada, mas que ao final decide, conspurca o direito do voto em troca de vantagens imediatas, não há marqueteiro competente se o candidato não tiver à sua disposição carradas de dinheiro e o apoio total das engrenagens estadual e federal.
Aquelas engrenagens sobre as quais escreveu com grande maestria o insuperável Jean Paul Sartre.
Sabonetes, geladeiras, bicicletas e até remédios são mais vendáveis se ancorados em campanhas com propaganda bem feita.
Mas a propaganda não muda a fórmula do remédio, nem a tecnologia das geladeiras, nem a mecânica das bicicletas.
Assim, o candidato a cargo eletivo deve ter divulgado o seu nome, suas ideias, sua historia, qualidades e até defeitos, e nunca ser mostrado, em ações ou omissões, de maneiras diferentes da sua simples condição de ser humano .
E se já é um nome conhecido, tentar esconde-lo do que realmente é, significa desfigura-lo. Às vezes dá certo, somando votos. Mas logo depois vem a inevitável decepção popular e isso desserve à democracia.
Exemplos. Collor e o próprio Lula, que já começa a ser diluído no confronto dos dias, dos poucos dias que o separam da rampa pela qual subiu a Dilma. Por sua mão, obra e graça.
O Serra, que foi desfigurado na campanha por seus marqueteiros, começa a se mostrar agora em cara e verbos como a pessoa pública, de espirito público, de historia de vida respeitável, que sempre foi e, assim, retomando o respeito de sempre, volta a ocupar com toda legitimidade o seu espaço na liderança da Oposição no Brasil.
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