quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Semelhanças

Saad Dejebbar, inglês de origem argelina, Professor de Direito e Advogado na Inglaterra, defendeu Kadafi da acusação de mandante da explosão do avião da Pan Am, em 1988, quando morreram 270 pessoas.

Defender Kadafi agora de qualquer coisa é causa impossível, diz Saad.

- Defendi o Governo líbio, mas nunca fui defensor do regime. No plano pessoal, porém, sinto o que muitos árabes sentiram em 1969, quando Kadafi tomou o poder na Líbia. Ele era uma figura carismática, um símbolo do pan-arabismo, do nacionalismo e de uma postura desafiadora contra os interesses americanos, sem falar numa defesa dos palestinos. Uma espécie de Che Guevara para o mundo árabe.

E depois, hoje?

- Kadafi perdeu o prazo de validade. Foi corrompido pelo poder e ficou cada vez mais alienado, até porque cercou - se da família e criou um sistema de pactos tribais. Usou de repressão e violência. Nada soou tão triste quanto aquele discurso em que ele simplesmente disse personificar o povo líbio. Isso num momento em que o mundo árabe inteiro está sendo varrido por uma onda de poder popular.

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