domingo, 9 de janeiro de 2011

Tem Solução

As fotos de queridas brasileiras e de queridos brasileiros amontoados atrás das grades nas prisões do País não se diferenciam porque a realidade é a mesma em qualquer lugar.

Primeiro problema é a superlotação nos presídios. Daí que também nos Estados mais ricos como São Paulo existem presos provisórios superlotando Delegacias.

Estima-se que no Brasil existam pouco mais de 423 mil presos em 275 mil vagas. Uma nova vaga custa 22 mil reais. Daí que são 2 rebeliões e 3 fugas, em media, por dia.

Um preso custa um pouco mais de 2 mil reais/mes, dinheiro que não se paga a uma professora no interior do Brasil. Nas universidades federais tem professor em tempo parcial com salário líquido beirando só um pouquinho mais para cima esses 2 mil.

Do orçamento do sistema penitenciário, 80% é gasto com comida. Aliás, uma comida horrível. Nos restaurantes populares subsidiados com dinheiro público come-se bem por 1 real apenas. 80% dos presos não trabalham, nem estudam.

Indicada como solução para aliviar a superlotação dos presídios e ir preparando o presidiário para a ressocialização, como se faz em vários países mais adiantados, a tornozeleira está sendo agora testada no Brasil.

A tornozeleira, como o nome sugere, é um equipamento eletrônico que enlaça a perna da pessoa, a qual passa a ser monitorada em seus movimentos pela cidade onde, em tese, pode circular livremente, ir ao trabalho, à escola, a muitos lugares.

Se o preso excede o limite geográfico ou se não volta para a cadeia ele é facilmente localizado pelo sistema que vai indicar com precisão onde ele está. Uma tornozeleira custa 500 reais/mês. Na cadeia, virando monstro se ainda não o é, ou fazendo pós graduação ou doutorado em crimes, custa até três vezes mais.

A experiencia de colocar tornozeleira no preso e mandá-lo às ruas Brasil começa a apresentar furos. Em alguns Estados os presos romperam o lacre e se mandaram. Só em São Paulo, onde são gastos 2,7 bilhões/ano de reais no sistema penitenciário, 1.681 detentos, que haviam sido liberados para o Natal com seus familiares, romperam o lacre e não voltaram.

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