sábado, 8 de janeiro de 2011

O Preço das Coisas

Em Brasília, a União Federal não para de construir prédios, cada um o mais suntuoso que o anterior.

No começo das coisas isso até se justificava, afinal tudo se fazia em nome da consolidação da nova Capital da República.

Não bastavam a Esplanada, a Praça dos Três Poderes, a Rodoviária, as Super Quadras com os seus Blocos, a Rodoviária, o Aeroporto, e também o básico para a administração local que antes se resumia a uma Prefeitura e a Novacap / Companhia Urbanizadora da Nova Capital e que depois passou a ser GDF / Governo do Distrito Federal.

O crescimento da máquina estatal ensejou novas repartições e a Constituinte de 1988 instituiu mais obrigações do Estado, ampliando a burocracia, o que motivou o surgimento de mais órgãos públicos, por conseguinte mais prédios públicos.

O custo dessas edificações, muitas delas faraônicas, não se esgota na construção. Mais caro é a manutenção e a conservação. E nós todos aqui, os contribuintes, pagamos as contas sem discuti-las, sem questiona-las.

O Senado da Republica, por exemplo, já deveria através de uma ou duas das suas Comissões permanentes, inclusive a de Orçamento, ter feito algumas objurgatórias nessa cultura de intermináveis construções de prédios, muitos deles desproporcionais para as repartições a que são destinados como é o caso agora do novo prédio do TSE.


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