segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dois


Outro sobre quem, nesta temporada de São Paulo, fui saber só depois foi o Pantoja, o querido professor de economia de quase todos nós, e Presidente do Banco do Estado algumas vezes.

Sim, do Banco do Estado, aquele banco sobre o qual Victor Trovão dizia ser o banco mais forte do mundo, resumindo-lhe a estabilidade com este bordão – trinca, mas não quebra!

Pantoja, gordão, bonachão, achava graça mas não fazia as vontades do grande líder empresarial de Coroatá.

Fui aluno do Pantoja na cadeira de estatística do Curso de Comunicação da USP.

Uma vez a propósito de uma discussão que tivemos sobre a força das palavras e dos números, querendo eu provar que tudo se resume à lógica, Pantoja me passou uma prova com equações muito complicadas.

Resolvi então arriscar, respondendo às proposições usando apenas palavras, sem escrever um número. As respostas, nas deduções lógicas, me pareciam corretas.

O Professor Pantoja, que tinha o poder de me reprovar, achou aquilo criativo e lógico e me atribuiu um vistoso 10.

Evangelista e Pantoja, duas figuraças que não se prestavam para o serviço do mal, morreram esta semana. Quando se perde duas pessoas assim a contemporaneidade se empobrece.

Um comentário:

Anônimo disse...

você esqueceu que foi ele e a roseana que acabaram com o banco do estado, não é porque morreu agora que vai virar santo. sem mais!