sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Um Lembrete


Arruda, mesmo depois de ter ido ao fundo do poço, sendo obrigado a renunciar ao mandato de Senador para não ser cassado e não ter que ficar sem direitos políticos por 8 anos, e depois de penar um ostracismo político, comendo o pior do pão que o diabo amassou, nunca conseguiu mostrar-se igual nem humilde, tamanho o seu potencial de arrogância.


Nos primeiros dias de Governador humilhou um Coronel publicamente e o demitiu diante das câmeras de TV mandando que deixasse a mesa onde se reunia com o alto escalão militar.


Ao mesmo tempo em que se mostrava arrojado como administrador, não conseguia passar aos outros a empatia que o tornasse respeitado e admirado. Fazia sucesso junto à maioria pobre à qual agradava distribuindo panetones. E se fazia aceito pelos que acham graça em tudo que é da grana ou do poder.


Noblat descreve no seu blog como está agora Arruda como preso na Policia Federal, em Brasília.


"Numa sala de aproximadamente 4m x 4m na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), é vigiado ininterruptamente por um agente.


Quando este se cansa, um outro toma o seu lugar.


Ir ao banheiro? Só de porta aberta.


Comer? Só depois da PF revirar a comida que lhe levam em busca de possíveis objetos escondidos.


Na sala com um sofá e agora uma cama, Arruda tem uma televisão. Mas o aparelho, segundo pessoas ligadas ao governador afastado, nem sequer pode ser plugado na tomada.


No fim da tarde de hoje recebeu a visita de sua mulher. Em exatos 30 minutos ela foi mandada embora. Nova visita só na quarta-feira de Cinzas.


Quem viu Arruda o descreve como um homem arrasado.


Cochilou por poucos minutos duas ou três vezes. Mas não dormiu desde que foi preso na tarde ontem."


Que os arrogantes que estão nos cargos públicos nos mais diversos escalões do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e do Ministério Publico, pensem nesse momento do Arruda, momento que irão, um dia, se Deus quiser, experimentar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Ministro Vidigal;

Meu caro Ministro eu sou apenas uma pessoa que ocupa um lugar no espaço. Nada mais que isso. Pela minha idade, entendo que alguma coisa boa ainda vai acontecer comigo e, principalmente, para que eu possa continuar servindo ao Senhor. Sim, por que eu entendo que, se eu já tivesse cumprido aqui a minha missão, eu não estaria mais aqui, usufruindo dessa coisa maravilhosa que é a terra, a vida, a convivência com todos.
Você, eu sei, é uma autoridade brasileira, já ocupou um dos mais altos escalões da nossa Pátria e, até onde recebi informações, o fez com dignidade e competência.
E, com base nessa sua dignidade e na sua competência, eu faço uma perguntra: por que temos de chamar de "justiça", a oportunidade que se dá a um energúmeno como esse Arruda, de se defender? Por que alguém estuda alguns anos, se forma advogado e adquire o direito de "defender" um indefensável como esse?
Não quero correr o risco de sofrer algo no futuro, referendando adjetivos os mais cabíveis para uma pessoa dessas que, inclusive, já foi Senador da República Brasileira, teve como iguais, pessoas do nível de Cristóvam Buarque, Pedro Simon, Jarbas Vasconcellos, embora tenha, também como iguais, Sarney, Antonio Carlos Magalhães, Jáder Barbalho e aquela "coisinha" lá de Alagoas, Renan Calheiros.
Ministro, me responda: o que é mesmo que vamos passar aos nossos filhos? Às nossas futuras gerações?
Abraços.