terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Simulações


Juracy Magalhães, que fez história na Bahia como um dos políticos mais empreendedores e de grande aceitação popular, disse um pouco antes de morrer que, dentre os seus descendentes, o que mais levava jeito para essa difícil arte do possível, a política, era o Jurinha, seu neto.

Eu li isso numa entrevista que ele deu ao Jornal do Brasil.

O Jurinha é esse rapaz, o Deputado Juthay Magalhães Junior, que foi meu aluno no Mestrado de Direito Eleitoral na Universidade Federal da Bahia, e que a propósito das ultimas pesquisas comparece com a denúncia a seguir:

"Na mais recente pesquisa de intenção de votos do Instituto Sensus, Serra tem 33,2%, Dilma 27,8% e Ciro 11,9%.

Quando se tira Ciro, o Serra cresce 7,5% - vai para 40,7%. E Dilma apenas 0,7% - vai para 28,5. Ou seja: Serra cresce 10 vezes mais do que Dilma.

Acontece que isso é virtualmente impossível no histórico das pesquisas eleitorais dos últimos tempos. Nenhuma pesquisa jamais registrou fenômeno igual.

Nas pesquisas divulgadas no início de dezembro, Serra obtém 31.8% na Sensus, 38% no Ibope e, no Datafolha, divulgado quinze dias depois dessas duas, 37%. E neste mesmo Datafolha de dezembro, quando Ciro sai, tanto Serra quanto Dilma crescem 3 pontos percentuais cada um.

Tudo indica que o erro da pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem está na primeira simulação, com o objetivo claro de aproximar os dois pré-candidatos. Se não for isso, o erro estará na segunda simulação.

É virtualmente impossível que ambas as simulações da CNT/Sensus estejam corretas. O mais provavel que que a primeira simulação cumpra o objetivo de "fabricar" um empate técnico!

Mesmo com esses dados, Serra cresce na primeira e na segunda simulação e, sem o Ciro, ganharia a eleição no 1º turno."

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