terça-feira, 27 de outubro de 2009

Coité

Entre os que rodeiam mais de perto o atual Presidente do Senado há quem interprete o anúncio de fechamento da Fundação que guarda os seus bregueços, incluindo uma lapa de mármore para adornar a espaçosa cova onde pretendia ser enterrado, como mais um lance para inspirar a comiseração de Lula.

Emocionado como chega a se emocionar quando se trata de Sarney, que afinal não é uma pessoa comum, o Presidente poderia dar mais uma mãozinha, pedindo a empresários amigos alguma ajuda em dinheiro vivo para tirar do sufoco, mais uma vez, a Fundação que agora se afunda também em investigações do Ministério Publico.

Sarney ainda acha que se Lula quiser poderá atrair, num piscar de olho piedoso, novas benemerências de almas caridosas cujos nomes em carne viva nem vale por enquanto lembrar.

Problema, se cair de novo grana na coité das Mercês, é impedir que a Mirante, a TV do sistema de comunicação da família, também conhecido como Sistema Mentira de Comunicação, acorra com novas faturas.

Quando José Reinaldo, então governador, sancionou a lei inspirada por Aderson Lago anulando a doação do Convento para a Fundação e determinando sua devolução ao patrimônio do Estado, Sarney escumando ódio pelos cantos da boca, ameaçou que tocaria fogo em tudo.

Corre amigo daqui, corre parceiro dali, Renan Calheiros, então Presidente do Senado, em nome da Mesa, correu ao Supremo e conseguiu uma liminar de inconstitucionalidade da anulação da doação. Agora, Sarney anuncia que vai devolver o Convento ao patrimônio do Estado.

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