sexta-feira, 4 de setembro de 2009

De Graça

Vereadores trabalhando de graça, que tal?

É o que propõe o Senador Cristovam Buarque, do Distrito Federal, onde não há Vereadores. A idéia é só renumerar os das cidades onde há eleição em dois turnos.

E também não seriam mais chamados de Vereadores e sim de Conselheiros Municipais. Ora, já tem emenda tramitando para que os Vereadores sejam chamados de Deputados Municipais.

A idéia da gratuidade do mandato municipal não é nova. No regime militar tentou-se, mas não vingou. Prefeitos de milhares de municípios saíram pedindo para revogar a gratuidade porque na relação custo-benefício pagar era melhor.

No regime da Constituição de 1946, quando os Municípios eram apenas unidades administrativas, havia o Conselho Consultivo composto por cidadãos de boa reputação na cidade os quais, sem remuneração, prestavam assessoria tanto ao Prefeito quanto aos Vereadores.

Era algo assim como um Conselho de Estado tupiniquim, mas com mandato de quatro anos e independência política.

2 comentários:

pimentanina85@gmail.com disse...

Bons tempos em que as pessoas queriam e podiam fazer coisas apenas por convicção, sem a remuneração pelo empenho em trabalhar pelo coletivo.Nada contra o salário, tudo contra a espoliação do dinheiro público arrecadado.

João Augusto disse...

Não sei mesmo em que isso poderia ajudar... pelo menos a remuneração é lícita, o problema são os acordos, os conchavos, as propinas, etc, verdadeiras fontes do enriquecimento ilícito de muitos políticos profissionais. É óbvio que os financiadores de campanha também quererão o seu quinhão(empreiteiros, etc.), o retorno de seu "investimento" de alto risco, alguns até mesmo querem brincar de política como é o caso de alguns Suplentes de Senadores (que são financiadores de campanha)exercendo mandato sem receberem um mísero voto.
Não vejo nada conclusivo para alegar os benefícios ou prejuízos da dita remuneração, também notei que o Ministro apenas foca o assunto mas não se posiciona, coisa que o torna ainda mais interessante.