terça-feira, 12 de maio de 2009

Toma Chocolate...

Esta aqui é do site O Congresso Em Foco, o primeiro que veiculou o desvio das cotas de passagens aéreas pagas com dinheiro público atribuído à senhora Roseana Sarney Murad, ocupante à época de uma cadeira no Senado pelo Maranhão.

É essa mesma Roseana, que agora brinca de governadora do Estado, e que tentando encobrir sua inoperância e desonestidades em seus Governos anteriores, envolve o nome de uma mulher de respeito, a Eurídice, minha mulher, em suas tramóias querendo apontar desonestidades no Governo deposto do Senhor Jackson Lago, governo ao qual Eurídice serviu como Secretária de Segurança Cidadã realizando um grande trabalho, que ela Roseana, por não entender de nada, jamais conseguiria realizar.

Logo quem?

O que é curioso nessa gente é que retomando, sem votos populares, o Governo no Estado, sem que a memória do País tenha ainda esquecido dos abusos perpetrados e sem que nenhum deles tenha explicado como ficaram tão ricos à sombra do patriarca nascido pobre e que a vida inteira só exerceu cargos públicos, é curioso como se arvoram em mandarins da moralidade.

Logo quem?

Seria bom se dona Roseana Sarney Murad e os seus lacaios derretessem nos seus próprios desvãos o ódio que os enfurece contra quem, como eu, nunca lhe fez mal algum, ainda que sem nunca lhe dizer amém e que, como milhões de maranhenses, se viram traídos por quem chegando ao poder sob as esperanças de todos, depois de 20 anos de coronelismo do Sr. Vitorino Freire, só enriqueceu a si e aos seus de forma tão desmesurada ao mesmo tempo em que um Povo inteiro só viu ampliada a sua solidão de miséria e um Estado tão rico por natureza atolado na maior pobreza do Brasil.

Essa Roseana, doutor Sarney, em nenhuma régua ou compasso do mundo se afere em dignidade, decência, capacidade e espírito público com a Eurídice, que o senhor conhece bem e sempre pareceu respeitar.

Nós, nem ela nem eu, não fizemos nada contra a sua honra pessoal ou de sua família. Apenas exerci o direito de me candidatar a Governador do Maranhão sem depender da sua licença. Ela, Eurídice, minha mulher, minha amiga, leal companheira, me acompanhou. E fiz uma campanha limpa, propositiva, sem ataques à honra pessoal de ninguém.

Então, por que esse ódio todo contra nós e essas molecagens desses seus lacaios nessa presepada institucional que sob a inspiração raivosa de sua filha, sem legitimidade nenhuma, quer fazer se passar por Governo?

Por que não gastam essa energia do ódio e esse tempo de vilania e não fazem disso uma ação construtiva em favor do nosso sofrido Povo desse tão infelicitado Estado?

Basta agora digo também eu. Não será melhor parar?

Mas vamos lá, aspas.

A Câmara pagou oito vôos para um colaborador do empresário Fernando Sarney investigado pela Polícia Federal na Operação Boi Barrica. Mesmo não tendo qualquer vínculo funcional com a Casa, Marco Antônio Bogéa usou a cota do líder do PV, Sarney Filho (MA), irmão do empresário, e de outros três deputados entre julho de 2007 e julho de 2008. Bogéa e Fernando Sarney são acusados de participar de um esquema de corrupção em estatais do setor elétrico.

Registros das companhias aéreas aos quais O Congresso em Foco teve acesso revelam que Bogéa voou cinco vezes na cota de Sarney Filho, sempre entre Brasília e São Paulo. Em outras duas oportunidades, ele voou com os créditos da Câmara reservados aos deputados Veloso (PMDB-BA) e Gonzaga Patriota (PSB-PE).

No caso de Patriota, a cota foi usada por Bogéa para o trecho Brasília-São Paulo. Já com o benefício de Veloso a viagem se deu entre Brasília e Teresina.

O colaborador de Fernando Sarney foi vigiado pela PF quando levou uma mala de Brasília para São Paulo a pedido do empresário. O voo de Bogéa monitorado pelos policiais federais ocorreu no dia 19 de julho de 2008. Essa oitava viagem também foi paga pela Câmara, emitida numa troca de cotas entre os deputados Carlos Abicalil (PT-MT) e Valadares Filho (PSB-SE), como revelou este revelou este site no mês de março.

De acordo com o relatório da operação, foi Astrogildo Quental, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobrás, quem entregou essa carga para Bogéa antes do embarque. Quental foi indicado para o cargo pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-MA), e foi secretário estadual de Infra estrutura do Maranhão no governo de Roseana Sarney (1995-2002).

"Após contato com Astrogildo Quental, onde recebeu uma mala, cujo conteúdo não se pode determinar e, no dia seguinte, embarcou rumo a São Paulo, num voo da TAM, em estado visivelmente tenso, a fim de levar algo a pedido de Astrogildo", diz o relato dos delegados Márcio Adriano Anselmo e Thiago Monjardim Santos, ambos da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros da PF.

Foi a partir da publicação desta reportagem que o Congresso em Foco aprofundou a apuração que acabou resultando na série que revelou o uso indevido de passagens aéreas tanto nas cotas de parlamentares da Câmara como do Senado.

Antes dessa reportagem envolvendo o filho do presidente do Senado, o site revelou, ainda em agosto de 2008, que o caso já era alvo de uma investigação do Ministério Público Federal (MPF). A apuração tinha como base uma denúncia de peculato e estelionato qualificado contra ex-deputado Lino Rossi (PR-MT), justamente por irregularidades e uso indevido da sua cota.

Na mesma matéria, o Congresso em Foco mostrou que, apesar de ter sido alvo da mesma denúncia envolvendo o deputado do Mato Grosso, o servidor Marlon Melo de Araújo, ex-assessor de Rossi, havia sido contratado, um ano depois, para trabalhar no gabinete do deputado Edmilson Valentim (PCdoB-RJ).

Marlon é um dos seis acusados nesta denúncia do MPF de desviar dinheiro das cotas. Mas o caso do funcionário – que foi exonerado do cargo pelo deputado do PCdoB após ser informado pelo site das acusações – revelava na época como a Câmara não exercia nenhum controle sobre as cotas de passagens aéreas.

Amigo de infância. Procurado na última sexta-feira (8) pela reportagem, o líder do PV informou que cedeu passagens a Bogéa, porque os dois são amigos desde a infância em São Luís. "O Marco Antônio Bogéa é um amigo de infância de São Luís que, na ocasião da emissão das passagens, estava passando por um momento difícil, enfrentando um tratamento de câncer em São Paulo. Eu o ajudei com as passagens como também no tratamento médico", justificou Sarney Filho por meio de sua assessoria de imprensa.

O site também tentou contato com os deputados Veloso e Gonzaga Patriota, mas não recebeu retorno até o fechamento desta edição.

Rádio Senado. O colaborador do empresário maranhense, segundo a PF, atuava em Brasília como motorista de Fernando Sarney. Bogéa também foi funcionário terceirizado na função de assistente de produção da TV Senado entre os dias 16 de junho de 2004 e 13 de junho de 2007.

Ainda no último dia de trabalho na TV Senado, Bogéa foi contratado pela Adservis Multiperfil Ltda, empresa que tem contrato mensal de mais R$ 331 mil para fornecimento de mão-de-obra para Rádio Senado. Na TV Senado, o funcionário tinha seu contrato terceirizado pela Ipanema Empresa de Serviços Gerais e Transportes Ltda, empresa investigada pelo Ministério Público Federal por supostos contratos irregulares com o Senado.

Bogéa foi procurado pela reportagem duas vezes. Nas dependências da Rádio Senado, afirmou que leu as reportagens do sitesobre o uso indevido de passagens aéreas da Câmara, mas preferiu não se manifestar. Ele também não quis responder perguntas sobre seu relacionamento com Fernando Sarney e o uso do bilhete emitido em seu nome por meio da cota do deputado Carlos Abicalil.

Na sexta-feira passada, o Congresso em Foco fez novo contato com Bogéa por meio de seu telefone celular. Ele disse que não poderia falar naquele instante porque estava no trânsito. A reportagem tentou novo contato diversas vezes. Mas o telefone dele encontrava-se desligado. (Lúcio Lambranho, Edson Sardinha e Eduardo Militão, do site Congresso Em Foco).

Como diz a letra daquele antigo cha-cha-cha, "Toma chocolate / paga lo debe..."

( Leia tudo sobre a farra das passagens.)

3 comentários:

Juarez Cavalcante disse...

Caro Vidigal,
Acompanhei sua campanha de candidato ao governo.Na época, estava filiado ao PSB (hoje estou sem partido em razão de estar construindo no MA o Partido Humanista do Brasil-ligado a corrente HUMANISTA INTERNACIONAL-e minha saída do PSB se deu por não aceitar a indicação da atual presidenta, sem uma discussão aprofundada.Por entender que ela não representaria o histórico do partido.E ví que voce teria uma longa estrada pela frente. Nosso Estado está carente de lideranças e o momento propício ao surgimento de novos quadros. Entretanto, peço até permissão para dizer: Você errou feio ao permitir que a D. Eurídice assumisse uma Secretaria de Estado e principalmente a de Segurança Pública. Porque? os porões estavam cheios de ratos... e por outro lado, você ficou fragilizado. Ví e ouví comentários assim: P...., o Vidigal chega hoje e ao invés de apoiar a indicaçao de uma secretaria para o partido dele, ele botou debaixo do braço, e transformou na extensão de sua casa!
Você precisava naquele momento, dar demonstração de quem "queria construir" o PSB. Entendo, que naquele momento, seria essa uma decisão inteligente e futurista. Hoje, não seria o nome de D. Eurídice que estaria sendo investigado, más do PSB como partido político. Por último, deixo dois pontos para análise:
1-o dito campo progressista está a deriva, virou "salada malagueta";
2-as eleições 2010 trarão surpresas com o surgimento daqueles que até ontem não tiveram quaisquer oportunidades, exceto, se as reformas políticas forem aprovadas nos moldes propostos;

Saudações especiais,
Juarez Cavalcante
juarezbcavalcante@yahoo.com.br

Anônimo disse...

Ministro Vidigal, meus respeitos:
Começo dizendo que estou muito chateado porque não sei ainda operar a barafunda desta máquina e vou assinar com "anônimo", quando deveria por meu nome, como fazem as pessoas que sabem informática. Mas, isso é o de menos.
Teria o Antropólogo Charles Darwin razão quando sugere que descendemos do macaco? Se assim é, pergunto: de quais condições climáticas e de vida necessitariam os macacos para continuarem "virando" homens?
O que estou pretendendo dizer é que, em tese, e apenas em tese, vivemos hoje numa sociedade que se auto-intitula moderna, futurista, globalizada e ainda acrescentam adjetivos às pessoas como se pretendessem imitar Picasso nas suas pinturas, chamando-as de "democráticas" e outros parangolés.
Claro que, como qualquer cidadão que quer ser respeitado, respeito a todos, incluindo suas opiniões, embora, em alguns casos não seja obrigado a aceitá-las como "final" e "última palavra".
Quero me referir ao comentário feito pelo Senhor Juarez Cavalcante a respeito da "participação" da Dona Eurídice no Governo Jackson Lago. Disse o Senhor Juarez, pedindo vênia, que Vidigal "ERROU" quando "PERMITIU" que Dona Eurídice participasse da composição do secretariado.
O "tom" forte da colocação me pareceu coisa de 1905, quando meu bisavô não "PERMITIA" que minha bisavó bebesse água sem a autorização dele; não permitia que minha bisavó fosse à missa sem a "PERMISSÃO" dele e por aí iam as coisas.
Concordo que, em parte, a situação não era a melhor possível, mas isso não significa dizer que Dona Eurídice tivesse obrigação de se misturar. Mas ela precisava fazer algo (e fez!) para se sentir melhor e entender que estava dando a sua importante parcela de contribuição à uma comunidade "opaca" e "analfabeta", desprovida dos mais tênus conceitos sociais como a nossa
E, já que o assunto está mudando, quero sugerir ao Ministro Vidigal que, nas suas andanças e abordagens a alguns deputados federais, tente pedir mudanças na legislação que rege os "Sindicatos" e os "sindicalizados".
Sinpol, Adepol e outros do ramo, precisam entender "URGENTEMENTE" que, antes de serem "Representantes" da categoria, os dirigentes sindicais são, ao mesmo tempo, "Funcionários Públicos" e precisam se comportar como tais.

Anônimo disse...

JORGE DA BELIRA disse:

Concordo plenamente com o comentário do leitor acima (Anônimo).

A Sra. Eurídice Vidigal realizou um brilhante trabalho à frente da SESEC. Inclusive, foi a grande responsável pela construção do Centro de Detenção Provisória, que desafogou em muito o nosso precário sistema penitenciário.

Além disso, aumentou o efetivo das duas polícias (Civil e Militar), reequipou e rearmou a ambas, criou o eficiente sistema Patrulha dos Bairros, entre outras ações que vinha implantando com sucesso no nosso sistema de segurança.

Por isso, é estarrecedor ver alguém dizer que o Dr. Edson Vidigal "errou" (?) ao "permitir" (?)que sua esposa assumisse a Secretaria de Segurança... Deus do Céu, quanto machismo idiota, quanta ignorância... ou será má-fé?

(JORGE DA BELIRA).