terça-feira, 29 de julho de 2008

A Dieta do Ovo

Pois não é que o ovo, gente, quem diria, passou de bandido a artista e, assim, sendo o artista em cena quem é que agora até não se interesse um pouco mais por ele?

Foi longo o tempo em que sua fama nos manuais de boa saúde se igualou à dos bandidos. Quando os médicos queriam aferir o colesterol em uma pessoa mandavam que ela, antes do exame, comesse dois ovos passados na manteiga estalados em frigideira.

Depois, se ingeria um líquido de gosto horrível para, obtendo o contraste, ter uma idéia do estrago. Isso foi há muito tempo e com os exames se sofisticando o teste do ovo foi sendo abandonado.

Mas agora ele, o ovo, vejam só, é um grande aliado das dietas. Assim como acontece com muitas pessoas, que demoram a ser reconhecidas em seus valores, o ovo também sofreu campanha contra, mas agora, finalmente, é resgatado em suas propriedades alimentares.

Fonte de proteína completa e cálcio têm todos os aminoácidos essenciais e daí, dizem os cientistas, o seu poder de saciar mais rápido e de emparedar a fome por muitas horas.

Agora compreendo melhor porque no nordeste, dizia-se, muitas famílias de até quatro pessoas conseguiam sobreviver dividindo um ovo em quatro fatias em unica refeição todo dia.

E aí, o que é melhor, a clara ou a gema?

Essa pergunta agora me faz lembrar um professor em Caxias que, sendo pai de duas lindas meninas gêmeas, para dar nomes às filhas se inspirou no ovo. Elas cresceram andando sempre separadas, uma se chamava Clara e a outra Gema, é claro.

Dizem os cientistas que as duas, a clara e a gema, são muito boas. A clara contém leucina e evita a perda da massa magra. A gema tem ômega3 e ajuda a manter equilibrados os níveis de glicose no sangue. É garantido agora que o ovo não aumenta o colesterol.

Ontem eu vi na televisão os preparativos para a Corrida da Galinha, numa pequena cidade do interior de Pernambuco, maior produtora de ovo no nordeste. Algo assim como a fórmula1das penosas. Vale deixar cair ovo na corrida?

Ainda por falar em ovo tem aquela do cidadão que passando por um chão baldio avistou não muito longe um gênio aprisionado numa garrafa. Tira-me daqui, me tira daqui, suplicou o gênio e o cidadão destampou a garrafa, libertando o gênio.

O gênio, agradecido, disse ao cidadão que ele poderia fazer-lhe três pedidos, mas havia um senão. O que ele pedisse para ele se reverteria em dobro, mas de forma negativa, para alguém que imaginasse ser seu inimigo.

E nos dois pedidos viu as coisas acontecerem sortudamente para ele e desgraçadamente para o seu inimigo. O inimigo tinha um carro e ficou a pé, tinha uma casa e foi morar debaixo da ponte. Ele só com os dois pedidos já tinha tudo. Mariola, gaita, fumo e mulher.

Aí no terceiro pedido, o cidadão empacou e o gênio já querendo ir embora disse inquieto, fala cidadão, faz o terceiro pedido e eu garanto o dobro da desgraça para o teu inimigo.

O cidadão coçou o queixo, meio ansioso. Oh seu gênio, eu tenho dois ovos, certo? E se eu tirar um, dói?

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