terça-feira, 15 de julho de 2008

Caem os Delegados do Inquérito que Investiga Dantas

As investigações em torno dos crimes de que é acusado o banqueiro Daniel Dantas não serão mais conduzidas pelos Delegados Protógenes Queiroz, Karina Marakemi e Carlos Eduardo Pellegrini.

Foi com base no inquérito conduzido por esses policiais federais que o Juiz De Sanctis, da 6ª. Vara Criminal de São Paulo, mandou prender por duas vezes o dono do banco Oportunity.

A exoneração, segundo a Policia Federal, se deu “a pedido” e não como punição por conta de suposta insubordinação. Os substitutos serão designados nas próximas horas.

O motivo para a saída do Delegado Protógenes seria um curso que ele já estava fazendo, à distância, na Academia Nacional de Policia e agora seria o momento de ele se apresentar para as aulas presenciais.

O Delegado sofre acusação de não ter dado satisfações aos superiores da Operação que resultou nas ultimas prisoes, de agir com excesso de individualismo e de recorrer irregularmente ao auxílio da ABIN.

Entre outros "desvios", o Delegado Protógenes tem, ainda, contra si uma sindicância administrativa e uma representação na Corregedoria da PF, que podem lhe render desde advertência a remoção para um lugar remoto ou mesmo um processo de demissão.

Antes da Operação Satiagraha, que resultou na prisão de Daniel Dantas, Naji Nahas, Celso Pita e outros, o Delegado Protógenes Queiroz já havia se notabilizado em São Paulo por dirigir inquéritos como o do Corintians MSI, por evasão de divisas e lavagem de dinheiro e, também, nas fraudes de arbitragem de futebol.

Protógenes também presidiu o inquérito sobre remessas para paraísos fiscais, que indicavam movimentações de cerca de US$ 5 milhões, das quais o ex-prefeito Pitta seria o principal beneficiário. O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) também foi investigado no mesmo inquérito.

Sob a direção de Protógenes, inquérito da Policia Federal alcançou Law Kin Chong, considerado o maior contrabandista do Brasil. Kin Chong estava disposto a pagar US$ 1,5 milhão ao presidente de uma CPI da Câmara, o então Deputado Federal Luiz Antônio Medeiros (PL-SP) para obter favores, mas suas conversas foram registradas.

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