É o 2º maior registro em 24 horas desde o início da pandemia.
No dia 4 de junho, houve 1.470, segundo dados das secretarias totalizados pelo G1 naquele dia. Levantamento mostra que Brasil tem mais que o dobro de mortes de Índia, China, Paquistão e Indonésia juntos – quatro países mais populosos.
Veja os dados, consolidados às 20h:
52.771 mortes; eram 51.407 até as 20h de segunda (22), uma diferença de 1.364 óbitos
1.151.479 casos confirmados; eram 1.111.348 até a noite de segunda, ou seja, houve 40.131 novos casos
Esse é o 2º maior registro de mortes divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde em 24 horas desde o início da pandemia.
O recorde anterior foi de 1.470 mortes no dia 4 de junho.
São Paulo também teve mais uma vez o recorde diário de mortes (434).
Desde o dia 8 de junho, o G1 faz parte de um consórcio de veículos de imprensa que soma os registros de casos e mortes divulgados pelas secretarias estaduais da Saúde. O balanço diário do consórcio leva em conta os dados divulgados entre as 20h de um dia e de outro. Antes do consórcio, o G1 também contabilizava os dados divulgados pelas secretarias estaduais, com balanço fechado da 0h às 23h59 de cada dia.
O Brasil já tem mais que o dobro de mortes de Índia, China, Paquistão e Indonésia juntos – quatro países mais populosos –, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. O país só fica atrás dos EUA em número de vítimas.
Consórcio de veículos de imprensa
Os dados divulgados nesta terça (23) foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa desde o dia 8 para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
A parceria entre os veículos de comunicação foi feita em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia da Covid-19. Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e da imprensa, elogiaram a iniciativa.
Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de seu balanço da pandemia reduziram por alguns dias a quantidade e a qualidade dos dados. Primeiro, o horário de divulgação, que era às 17h na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril), passou para as 19h e depois para as 22h. Isso dificultou ou inviabilizou a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de deboche, ao comentar a mudança.
A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do ar na noite da quinta-feira (4). Quando retornou, depois de mais de 19 horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Desapareceram os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo. Também foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela, essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam outras iniciativas de divulgação.
Entre os itens que deixaram de ser publicados estão: curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica.
No domingo (7), o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.
Apenas na terça (9) o ministério voltou a divulgar os dados completos, obedecendo a ordem do STF.
Nesta terça (23), o órgão publicou um novo balanço. Segundo a pasta, houve 1.374 novos óbitos e 39.436 novos casos, somando 52.645 mortes e 1.145.906 casos desde o começo da pandemia – números totais menores que os apurados pelo consórcio.
Fonte: G1
23/06/2020 20h00 Atualizado há um minuto
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