Seguro no que faz, prudente nas atitudes e no que
diz, Daniel Mendes é um dos profissionais mais respeitados no marketing
político.
Ultimamente tem aparecido nas redes sociais e em algumas
mídias no Maranhão resultados de pesquisas indicando quem estaria eleito, se as
eleições fossem hoje.
Não há um elenco maior
de nomes conhecidos. São
apresentados basicamente dois nomes como se já fossem definitivos. As
respostas são sempre estimuladas. Não são espontâneas.
Com o seu olhar experiente, Daniel Mendes diz no
texto que publica hoje em sua página no Facebook porque devemos nos manter de
olhos abertos:
“A
literatura da Ciência Política consagrou o termo “horse race” (corrida de
cavalos) para caracterizar um tipo frequente de cobertura jornalística,
especialmente a eleitoral, que consiste em enquadrar o fenômeno eleitoral como
uma disputa esportiva. Segundo a
International Encyclopedia of Communication, “horse race journalism means
reporting on politics with the help of sports metaphors”.
No
período das campanhas propriamente, essa abordagem ainda pode se justificar
pela vertigem natural da disputa em jogo. Há um ano das eleições, torna-se uma
caricatura despropositada e desinformativa. Os políticos se tornam jóqueis, os
jornalistas locutores e os cidadãos são os apostadores. O vínculo político
entre representantes e representados é uma tênue linha imaginária.
Agora
no Maranhão a cada pesquisa publicada busca-se extrair motivos de regozijo, não
importa qual seja o resultado. A última pesquisa, da Econométrica, provocou
risíveis manchetes do tipo “Flavio Dino ganharia no primeiro turno”, como se
pudesse haver eleição sem campanha, sem composições partidárias, sem debate,
sem emulação de opiniões. Ou ainda “Luis Fernando cresce e Flávio cai”,
misturando resultados de institutos diferentes e tomando por queda a acomodação
natural das expectativas geradas por cada candidatura.
Não
se cuidou de analisar os dados para extrair informação verdadeiramente
relevante. Qual o perfil do eleitor governista? É o mesmo da eleição anterior?
E o da oposição? Houve deslocamento nesse perfil (idade, sexo, classe) ou
espelha a votação das últimas eleições? O desempenho nas cidades médias e
grandes confirma tendências anteriores de concentração do voto oposicionista?
Qual a convicção do voto? Há espaço para crescimento de uma terceira via?
Esses
elementos e outros cruzamentos que poderiam ser feitos com os dados já
disponíveis permitiriam que se tivesse um quadro mais real do cenário eleitoral
que se aproxima. Certamente os grandes partidos já dispõem dessas análises. Mas
por que o jornalismo, que tem acesso aos dados, não contribui para o
alargamento da compreensão do quadro político?”
Um comentário:
Meu nobre e querido amigo e parente Edson Vidigal, em relação ao momento político vivenciado hoje, no nosso estado, acredito que determinados pré-candidatos a candidatos e/ou seus simpatizantes, digamos, ao governo do estado, almejam este propósito "soltando" determinadas informações baseadas apenas em pesquisas, como as citadas no comentário acima exposto, descartando os outros que aguardam pacientemente e estrategicamente o momento oportuno de se lançarem ao "campo de batalha"; candidatos estes com muita, intensa e extensa vida pública de ilibada conduta, durante a sua jornada de homem público, a nível municipal, estadual ou nacional.
Portanto, tenho a certeza, nobre postulante, que será chegado o momento de sabermos quem tem "lenha para queimar" nesta disputa.
Saudações,
Jvidigal.
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