- O que houve foi que transitou por dentro da mídia
um prejulgamento que incriminou todos os réus antes. Isso fez com que o Supremo
buscasse fundamentar a condenação através de uma teoria que permitisse a
condenação sem provas suficientes.
-
A ampla condenação da maioria foi adequada. Um exemplo: Delúbio (Soares). Ele
era réu confesso, é natural que fosse condenado. Eu me refiro às condenações de
dirigentes do PT como Genoino e Dirceu. Independentemente das responsabilidades
que tiveram de natureza politica, do ponto de vista criminal não ficou provado.
-
O partido (PT) tem que se atualizar profundamente em relação aos métodos de
direção, ao seu programa de governo. É o que defendemos para que o PT retorne
às suas origens. Mas retorne sabendo que existe uma outra sociedade de classes
hoje, que o projeto socialista concreto faliu.
-
Nossa agenda não pode ficar a vida inteira explicando a ação penal 470 (o
mensalão). E nem uma agenda que seja predominantemente de solidariedade aos
companheiros condenados. Eles tem de ter a solidariedade devida em função de um
julgamento sem provas, mas é uma agenda que o partido tem que esgotar. Quando
falo que que nossa agenda não pode ser composta por um escritório de explicações
quero dizer que já falamos o suficiente sobre isso. A ação penal, para nós, é
historia agora.
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