quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Assim é se lhe parece

Vejo um conjunto de fatos lamentáveis que atinge uma geração  que aspirou chegar ao poder e, de repente, vive episódios melancólicos”. - Miro Teixeira, Deputado Federal, (PDT-RJ).

O Supremo foi coerente com as provas e valorizou o trabalho do Congresso, que apanha tanto. Mostra que fizemos um bom trabalho e estávamos no caminho certo”. - Osmar Serraglio, Deputado Federal, (PMDB-PR), Relator da CPI dos Correios. Por onde tudo começou.
“O Supremo atendeu à expectativa dos que querem derrotar a impunidade”. - Álvaro Dias, Senador (PSDB-PR).
Esse processo tem sido importante para que a agente demarque bem que a politica tem o seu limite e de que essa estória de que na politica vale tudo não pode prevalecer. É didático para o Brasil. Contribui para que a gente possa impor limite e as pessoas compreendam que está ali alguém fiscalizando a conduta e o dia a dia dos profissionais da vida pública.” -  Cid Gomes, Governador do Estado do Ceará (PSB).
Quero ver o dia em que os parlamentares vão votar aqui por suas convicções, e não por recursos, emendas ao Orçamento e nomeações.” – Eduardo Suplicy, Senador, (PT-SP).
“A formação de alianças entre partidos é natural na politica brasileira. O problema é a forma como o PT fez isso. O que é estranhável neste caso é a formação argentária, pecuniarizada, de alianças. É um estilo de coalização excomungado pela Justiça brasileira. É lamentável, catastrófico, que partidos foram açambarcados por um deles para uma aliança perene, indeterminada no tempo, no sentido de votar todo e qualquer projeto de interesse do partido hegemônico”. – Ayres Britto, Presidente do STF ao votar pela condenação dos denunciados.
Tenho por inadmissível e desconstituída” de consistência a afirmação de que este processo busca condenar a atividade politica, busca condenar réus pelo só fato de haverem sido importantes figuras politicas ou haverem desempenhado papel de relevo na vida partidária, na cena politica ou nos quadros governamentais.
Ao contrário, condenam-se tais réus porque existe prova juridicamente idônea a revelar e demonstrar que tais acusados agiram de acordo com uma agenda criminosa muito bem articulada, valendo-se para tanto de sua força, do seu prestigio e do seu inquestionável poder sobre o aparelho governamental e sobre o aparato partidário da agremiação a que estavam vinculados”. – Carmen Lúcia, Ministra do STF, ao votar pela condenação dos denunciados.
O dialogo institucional não autoriza a utilização criminosa do aparelho do Estado e a utilização ilícita do aparato governamental em ordem a viabilizar a consecução de objetivos inconfessáveis de praticas delituosas que transgridam a legislação penal do Estado”. - Celso de Mello, Ministro do STF, ao votar pela condenação dos denunciados.
“A historia do Zé Dirceu é de quem resiste, e ele não vai seguir de cabeça baixa, o que não significa que ele não vai aceitar a decisão, até porque não tem outra alternativa. O Zé Dirceu vai tentar provar a sua inocência. O PT vai continuar sua historia, sua vida, independentemente da ação de indivíduos”. – Jilmar Tato, Deputado Federal (PT-SP).
Estamos diante de um divisor de aguas que anuncia um reposicionamento da Justiça em casos de corrupção”. – Cláudio Abramo,  Diretor Executivo da Transparência Brasil.
“Aguardo ansioso os julgamentos dos mensalões de Minas e Brasília, e o mesmo destino aos culpados. Com medo das mãos da Justiça, políticos vão aprender a respeitar leis e a democracia”. – Nelson Motta, Jornalista.
“Votei pela cassação do Dirceu na Câmara. O julgamento do STF converge. A trajetória politica e de vida de alguém é uma coisa, mas nós estamos sempre construindo a nossa história. O passado não pode proteger ninguém do presente”. – Fernando Gabeira, Jornalista, ex Deputado Federal (PT e depois PV-RJ).
“Lamento por Dirceu, o mais preparado e brilhante do PT. Foi onipotente, ignorou a ética na construção do apoio. O mensalão fere a democracia. Mas sou contra crucifica-lo. E Lula, claro, sabia de tudo”. – Carlos Lessa, professor de economia, ex- Presidente do BNDESA no Governo Lula.
“A gente fala em assalto, violência na rua, mas o que ele, Dirceu, e seu grupo fizeram foi uma violência contra a cidadania”. – Filipe Silveira de Azevedo, estudante.
A discussão ficou muito politizada. Há muitas suposições, portanto não dá para avaliar se é justa ou não a condenação de Dirceu”. – Doriel Barros, Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco.
Não afirmo se é justo ou injusto. Mas a condenação de Dirceu e Genoíno entristece. Não são bandidos, delinquentes. Espero que a democracia se aperfeiçoe cada vez mais, sem que isso se dê em detrimento de princípios caros como a ampla defesa e a presunção da inocência”. – Wadih Damous, Presidente da OAB-RJ.
Como cidadão, sujeito às leis, me sinto ameaçado pela jurisprudência do disse me disse. Hoje, não tenho as garantias individuais da presunção da inocência até que se prove o contrário. Estamos sob um ato institucional. “ Luiz Carlos Barreto, produtor de cinema.
“Acredito que foi uma condenação mais baseada em indícios do que em provas. E que coincidiu com as eleições. É preciso esperar um tempo para avaliar melhor se o STF terá o mesmo rigor com outros casos, até mais cabeludos do que este”. – Isabel Lustosa, historiadora.
“Condenar um presidente de partido, um chefe da Casa Civil, é entrar numa área que parecia proibida, onde a impunidade sempre reinou. Nesse sentido, são condenações exemplares. Esperam-se consequências contra a impunidade”. – Ferreira Gullar, poeta.

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