“O Supremo foi coerente com as provas e
valorizou o trabalho do Congresso, que apanha tanto. Mostra que fizemos um bom
trabalho e estávamos no caminho certo”. - Osmar Serraglio, Deputado
Federal, (PMDB-PR), Relator da CPI dos Correios. Por onde tudo começou.
“O
Supremo atendeu à expectativa dos que querem derrotar a impunidade”. - Álvaro Dias, Senador (PSDB-PR).
“Esse processo tem sido importante para que a
agente demarque bem que a politica tem o seu limite e de que essa estória de
que na politica vale tudo não pode prevalecer. É didático para o Brasil.
Contribui para que a gente possa impor limite e as pessoas compreendam que está
ali alguém fiscalizando a conduta e o dia a dia dos profissionais da vida pública.”
- Cid Gomes, Governador do Estado do
Ceará (PSB).
“Quero ver o dia em que os parlamentares vão
votar aqui por suas convicções, e não por recursos, emendas ao Orçamento e
nomeações.” – Eduardo Suplicy, Senador, (PT-SP).
“A
formação de alianças entre partidos é natural na politica brasileira. O
problema é a forma como o PT fez isso. O que é estranhável neste caso é a formação
argentária, pecuniarizada, de alianças. É um estilo de coalização excomungado
pela Justiça brasileira. É lamentável, catastrófico, que partidos foram
açambarcados por um deles para uma aliança perene, indeterminada no tempo, no
sentido de votar todo e qualquer projeto de interesse do partido hegemônico”. –
Ayres Britto,
Presidente do STF ao votar pela condenação dos denunciados.
“Tenho por inadmissível e desconstituída” de consistência
a afirmação de que este processo busca condenar a atividade politica, busca
condenar réus pelo só fato de haverem sido importantes figuras politicas ou
haverem desempenhado papel de relevo na vida partidária, na cena politica ou
nos quadros governamentais.
Ao
contrário, condenam-se tais réus porque existe prova juridicamente idônea a
revelar e demonstrar que tais acusados agiram de acordo com uma agenda
criminosa muito bem articulada, valendo-se para tanto de sua força, do seu
prestigio e do seu inquestionável poder sobre o aparelho governamental e sobre
o aparato partidário da agremiação a que estavam vinculados”. – Carmen Lúcia, Ministra do STF, ao votar
pela condenação dos denunciados.
“O dialogo institucional não autoriza a
utilização criminosa do aparelho do Estado e a utilização ilícita do aparato
governamental em ordem a viabilizar a consecução de objetivos inconfessáveis de
praticas delituosas que transgridam a legislação penal do Estado”. - Celso
de Mello, Ministro do STF, ao votar pela condenação dos denunciados.
“A
historia do Zé Dirceu é de quem resiste, e ele não vai seguir de cabeça baixa,
o que não significa que ele não vai aceitar a decisão, até porque não tem outra
alternativa. O Zé Dirceu vai tentar provar a sua inocência. O PT vai continuar
sua historia, sua vida, independentemente da ação de indivíduos”. – Jilmar Tato, Deputado Federal (PT-SP).
“Estamos diante de um divisor de aguas que
anuncia um reposicionamento da Justiça em casos de corrupção”. – Cláudio Abramo, Diretor Executivo da Transparência Brasil.
“Aguardo
ansioso os julgamentos dos mensalões de Minas e Brasília, e o mesmo destino aos
culpados. Com medo das mãos da Justiça, políticos vão aprender a respeitar leis
e a democracia”. – Nelson
Motta, Jornalista.
“Votei
pela cassação do Dirceu na Câmara. O julgamento do STF converge. A trajetória
politica e de vida de alguém é uma coisa, mas nós estamos sempre construindo a
nossa história. O passado não pode proteger ninguém do presente”. – Fernando Gabeira, Jornalista, ex
Deputado Federal (PT e depois PV-RJ).
“Lamento
por Dirceu, o mais preparado e brilhante do PT. Foi onipotente, ignorou a ética
na construção do apoio. O mensalão fere a democracia. Mas sou contra crucifica-lo.
E Lula, claro, sabia de tudo”. – Carlos
Lessa, professor de economia, ex- Presidente do BNDESA no Governo Lula.
“A
gente fala em assalto, violência na rua, mas o que ele, Dirceu, e seu grupo
fizeram foi uma violência contra a cidadania”. – Filipe Silveira de Azevedo, estudante.
“A discussão ficou muito politizada. Há
muitas suposições, portanto não dá para avaliar se é justa ou não a condenação
de Dirceu”. – Doriel Barros, Presidente da Federação dos Trabalhadores na
Agricultura de Pernambuco.
“Não afirmo se é justo ou injusto. Mas a
condenação de Dirceu e Genoíno entristece. Não são bandidos, delinquentes.
Espero que a democracia se aperfeiçoe cada vez mais, sem que isso se dê em
detrimento de princípios caros como a ampla defesa e a presunção da inocência”.
– Wadih Damous, Presidente da OAB-RJ.
“Como cidadão, sujeito às leis, me sinto
ameaçado pela jurisprudência do disse me disse. Hoje, não tenho as garantias
individuais da presunção da inocência até que se prove o contrário. Estamos sob
um ato institucional. “ Luiz Carlos Barreto, produtor de cinema.
“Acredito
que foi uma condenação mais baseada em indícios do que em provas. E que
coincidiu com as eleições. É preciso esperar um tempo para avaliar melhor se o
STF terá o mesmo rigor com outros casos, até mais cabeludos do que este”. – Isabel Lustosa, historiadora.
“Condenar
um presidente de partido, um chefe da Casa Civil, é entrar numa área que
parecia proibida, onde a impunidade sempre reinou. Nesse sentido, são condenações
exemplares. Esperam-se consequências contra a impunidade”. – Ferreira Gullar, poeta.
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