terça-feira, 30 de outubro de 2012

Apequenado

O Senado, desde a Roma antiga ao Império do Brasil, sempre foi o espaço da convergência das melhores idéias debatidas no maior respeito entre os pares.

Os Estados Unidos da América do Norte adotaram o sistema bicameral com um Congresso constituído por Câmara e Senado, o mesmo que o Brasil copiou na teoria, mas que não sabe fazer funcionar na prática.
A Câmara é composta por representantes do Povo e o Senado por representantes dos Estados.
Quando Jeferson, defensor do Senado na Constituinte da Filadélfia, foi instado a justificar o porque das duas Casas funcionando concomitantemente, ele pegou uma xícara de chá bem quente e o despejou esfriando-o no pires.
- A Câmara é o calor popular na xícara e o Senado é o pires que o esfria.
Assim se resume a historia. O Senado, composto por pessoas mais idosas, presumidamente mais sábias e de juízos mais prudentes, representando os Estados, portanto, essência da União Federal, diferenciando-se em muito da Câmara, foi destinado a funções especificas.
No Brasil, o Senado teve um papel relevante durante os 20 anos da ultima ditadura, tendo sido o fórum de debates mais influente e admirado pela sociedade a pugnar pela volta da democracia.
Hoje, em plena liberdade democrática, vemos um Senado composto em sua maioria por pessoas que parecem ignorar a verdadeira função daquela Casa, também denominada nos tempos de outrora de Câmara Alta da República.
Um Senador do Pará chamado Mario Couto discursou hoje da tribuna chamando os parlamentares de ladrões e dizendo que a corrupção é generalizada na política. Elogiou o processo do mensalão e pediu que o Supremo Tribunal Federal analise a evolução patrimonial de todos os Deputados e Senadores.
- São dezenas ou centenas de parlamentares que estão aqui cheios de processos nas costas. Está escrito na testa – ladrão. Estão ricos porque roubaram do Povo brasileiro.

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