sábado, 11 de fevereiro de 2012

Eliana

Corregedora Nacional da Justiça, a Ministra Eliana Calmon é aplaudida hoje por onde passa.

A sua defesa firme das prerrogativas do CNJ lhe valeu o prestigio moral que a imanta como uma das personalidades mais admiradas da República.

Um repórter da VEJA então lhe perguntou:

- A senhora concorda com o presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso, que disse não haver crise no Judiciário?


- Concordo. Não existe crise. O que existe é a cultura velha e a cultura nova. Existe uma parcela da magistratura, e me parece pequena pelos apoios que eu tenho recebido, que está tentando manter uma velha cultura: a cultura do biombo, como diz o ministro Ayres Britto, a cultura de não corrigir o Judiciário publicamente e de sempre deixar que nós mesmos façamos as correções. É a cultura do CNJ subsidiário. A cultura nova diz o seguinte: "Todos estamos empenhados nas mesmas coisas". O Judiciário não é dos juízes, é da nação. É dos jurisdicionados. Todos os segmentos da sociedade têm participação nele. E isso é que é bonito na democracia. Nesse julgamento, até pelos votos de teses contrárias nós tiramos lições.


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