segunda-feira, 16 de maio de 2011

Entrevista Com o Igor

Em entrevista à repórter Carla Lima, da Editoria de Política do jornal O Estado do Maranhão, que a publicou na edição de ontem, domingo, o médico Igor Lago, filho do ex-governador Jackson Lago, indicou os rumos que o PDT buscará seguir em meio ao vazio aberto com a morte do seu pai.

O PDT vai botar o pé na estrada trabalhando para se reestruturar em todo o Estado. Igor foi indicado para Presidente da Comissão Provisória estadual que preparará as bases para essa reestruração.

O ESTADO – Como você analisa a política maranhense pós-falecimento do ex-governador Jackson lago?

Igor Lago – A política do Maranhão sofreu uma grande perda porque ele foi um dos maiores líderes políticos. Acredito que hoje a nossa política está com um vazio por tudo que ele representou tanto nas disputas para deputado estadual e pela Prefeitura de São Luís e seus conseqüentes mandatos sejam pelas quatro vezes em que ele foi candidato ao governo do Estado. Sempre à frente de um movimento político de oposição. E tudo isso foi reconhecido tanto por políticos do grupo dele quanto de seus adversários.

O ESTADO – Como filho do ex-governador, você pretende ser o herdeiro político dele?

Lago – Nós estamos sendo convidados pelo partido a contribuir com a reestruturação do PDT, substituindo o nome dele [Jackson Lago] na presidência da comissão provisória estadual. Temos o objetivo de oxigenar o partido para ocupar o espaço que o PDT sempre teve na trajetória democrática e popular na política local.

O ESTADO – A falta de tradição política sua pode ser um empecilho para o você chegar a comandar em definitivo o PDT ?

Lago – Apesar de nós não estarmos envolvidos diretamente, todos esses anos acompanhamos conversando com nosso pai, com companheiros de partido e até mesmo aliados de outras legendas. Nós de alguma forma demos nossa contribuição esses anos todos, claro que não de forma direta e ativa porque era desejo do nosso pai de preservar tanto eu quanto minhas irmãs da lida direta da política. Creio que essa preservação é que nos dá condições de aceitar esse convite que nos foi feito pelo partido. Acredito ainda que, uma vez aprovada a indicação do PDT no Maranhão pela Executiva Nacional, podemos começar nossa ação partidária e um relacionamento amistoso, leal e companheiro com outros partidos.

O ESTADO – O seu nome é consenso dentro do PDT para comandar a comissão provisória?

Lago – Eu tenho recebido manifestação de apoio de todos os setores do partido tanto em São Luís quanto no interior do estado. Não pedimos esse papel, estamos aceitando um convite. Agora lembro que estamos sendo muito claros quando digo que somente oito dos 11 membros da atual comissão provisória assinaram a ata que apontou meu nome como presidente da comissão provisória.

O ESTADO – Você acredita que o pós-2006, quando Jackson Lago foi eleito governador do Maranhão, e conseqüente cassação dele em 2009 foi uma injustiça? Adversários e aliados desempenharam o mesmo papel nesse episódio?

Lago – Acredito que ele foi mal compreendido e que não recebeu o tratamento que merecia por parte de pessoas e grupos políticos que estiveram com Jackson Lago em 2006. Essas pessoas não entenderam o momento histórico que estávamos vivendo. Ele sempre procurou ser o elo da unidade entre os setores, mas infelizmente alguns dos setores não entenderam o papel que ele queria ter desenvolvido até o fim da vida dele.

O ESTADO – Em que momento não houve essa compreensão?

Lago – Acredito que a partir da cassação do mandato dele. Nós observamos uma postura diferente de alguns setores da política aliados do ex-governador até antes a cassação.

O ESTADO – Qual foi o papel, na sua opinião, do ex-governador José Reinaldo nesse momento pós-cassação?

Lago – O meu pensamento a respeito do ex-governador José Reinaldo é uma pessoa de natureza conservadora. Ele sempre teve sua história política de vínculo ao grupo Sarney. Por questões particulares, ele rompeu com seu grupo e em 2006 exerceu um papel importante. Já em 2010, nós não podemos falar a mesma coisa. Até porque esses setores colocaram em primeiro lugar o interesse de seu grupo.

O ESTADO – Sobre o Edson Vidigal houve algum desacerto entre o ex-ministro e o Jackson depois da publicação de um artigo que foi colocada a expressão "velho escroto" atribuída ao ex-governador na época.

Lago – Isso foi algo episódico e que já foi superado. O que temos que reconhecer é que o ex-ministro Edson Vidigal compartilhava da opinião de Jackson Lago de unidade da oposição. Vidigal teve um posicionamento em 2010 que se mostrou leal, compromisso e ajuda incansável para que a campanha fosse exitosa.

O ESTADO – E o papel do ex-deputado federal Flávio Dino ?

Lago – Ele é um ex-deputado eleito pelo ex-governador José Reinaldo. No segundo turno, em 2006, Dino apoiou Lago de forma verbal e declaratória. Não vi nenhum outro tipo de apoio talvez à participação em duas carreatas aqui em São Luís. Em relação à eleição de 2010, o que posso dizer é que ele, assim como seu principal aliado, não entendeu o momento histórico. Essas pessoas colocaram em primeiro lugar seu projeto político pessoal.

O ESTADO – Em um artigo publicado na imprensa, você fez um desabafo contra os aliados que teriam virado as costas para Lago. Essa foi a intenção?

Lago – Aquele texto foi algo espontâneo feito assim que saiu a decisão do STF em relação à aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa. Naquele momento, tínhamos a consciência de que essa regra fere o artigo 16º da Constituição, que diz que as regras eleitorais só podem ser modificadas um ano antes do jogo. Então, aquele texto foi uma resposta para todos aqueles que utilizaram o argumento de Ficha Suja, da incerteza da candidatura do ponto de vista jurídico da candidatura de Jackson Lago.

O ESTADO – O senhor pensa em disputar a eleição para a Prefeitura de São Luís?

Lago – O nosso grupo não se reuniu para tratar disso. A nossa função nesse momento é reorganizar o partido e fortalecer o PDT em todo o estado. Somente no próximo ano que vamos começar a tratar dessa questão de eleição. Uma vez reorganizando o partido e tivermos sucesso, aí sim vamos nos reunir e decidir democraticamente de forma transparente os rumos pedetistas para as eleições municipais, não só aqui em São Luís, mas em todo o estado.

O ESTADO – Em 2000, o então candidato à reeleição para a Prefeitura da capital fez uma aliança com a governadora Roseana Sarney.

Lago – Há muita exploração em torno disso. O prefeito Jackson Lago estava marchando para a reeleição e os vereadores do partido da governadora manifestaram o total interesse de apoiar a candidatura de Lago. A partir daí é que se começou a trabalhar a aliança entre o então PFL e o PDT, mas não houve nenhum acordo político.

Um comentário:

Anônimo disse...

O INCRA DO MARANHÃO ESTA ACOBERTANDO UM GRUPO DE GRILEIRO QUE A MUITOS ANOS AGEM NA REGIÃO DE BURITICUPU-MA ALGUNS JÁ SÃO BEM CONHECIDO DA JUSTIÇA FEDERAL POR GRILAGEM DE TERRAS DA UNIÃO COMO POR EXEMPLO O FASENDEIRO GRILEIRO ROMILDO THAMAZINE QUE JÁ FOI RETIRADO DA GLEBA LAGO AZUL NO MUNICIPIO DE BURITICUPU-MA PELO INCRA E JUSTIÇA FEDERAL HOJE SE ENCONTRA DENTRO DO ASSENTAMENTO DO INCRA COMPRANDO E TOMANDO LOTE RURAL DOS ASSENTADOS COM MAS COMPASSAS DA GRILAGEM DA REGIÃO TODOS OS ORGAM DO GOVERNO JÁ FOI COMUNICADO MAS A IMPUNIDADE CONTINUA OS ASSENTADOS QUE DENUNCIARAM ESSES CRIMINOSOS PODEROSOS FORAM EXPULÇOS DE SUAS CASAS E LOTES PELO APROPRIO INCRA DO MARANHÃO NA GERTÃO DE RAIMUNDO MONTEIRO ISSO FOI NO FINAL DO ANO DE 2006 ATER HOJE O INCRA MANDA FASER VISTORIA POR SIMA DE VISTORIA NA ARIA E NADA DE RESOLVER NADA AS FAMILIAS EXPULÇAS ATER HOJE ESPERAM POR UMA SOLUÇÃO FOMOS JOGADO NA RUA COMO ANIMAIS OU PIOR SEM DIRETO A NADA TRABALHAMOS NESSAS TERRAS POR MAS DE 20 ANOS SAMOS TRABALHADORES RURAIS TEMOS TODAS AS PROVAS E AINDA samos discriminado por parte desse incra corrupto do maranhão queremos nossos diretos de volta pós samos nercecitados dos mesmos todo processo esta sendo acompanhado pela DPU do maranhão e ministerio publico federal mas ainda não temos solução de nada porque samos pobre mas vamos lutar ater o fim pelos nossos direitos.