segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Não é só Crime

Definida pela psiquiatria como uma doença sem cura, a corrupção é catalogada cientificamente como sendo um transtorno, transtorno de personalidade anti social.

Se a corrupção não tem cura enquanto doença, vamos ter que conviver com os corruptos na política, nos submetendo às suas investidas?

Segundo a psiquiatria o que faz uma pessoa corrupta é um defeito na região sub orbitária do cérebro, região responsável pela formação do senso ético.

Há profissionais, no entanto, que preferem tratar a corrupção como um defeito de caráter, congênito, o que no caso das oligarquias familiares é algo mais perigoso e mais grave.

A doutora Hilda Morana, por exemplo. Ela é coordenadora do Departamento de Ética e Psiquiatria Legal da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Ela avalia que o corrupto não teve uma das áreas do cérebro bem formada, e é essa área que leva a pessoa a gostar, a respeitar e não ultrapassar o limite do outro.

Os corruptos nem sempre, diz a doutora, estão na política. São definidos como pessoas que não se envergonham do que fazem, não se preocupam com as questões legais ou éticas, tem sempre uma desculpa para tudo e culpando os outros, e são mentirosos contumazes.

Ainda de acordo com a psiquiatra, o comportamento dos corruptos não está relacionado à criação ou à educação — quando a pessoa nasce assim, tanto faz os pais baterem ou darem beijinhos. É congênito e, muitas vezes, genético.

Mas há famílias onde há mais casos. Em outras menos.

Para detectar o transtorno, a psiquiatra ensina que quando alguém te tratar bem demais, querendo saber tudo sobre você, desconfie. Se você não ficar atento, essa pessoa voltará para golpeá-lo.

Os corruptos políticos, segundo a psiquiatra, são genéricos, ou seja, não conseguem se aprofundar nos problemas reais da sociedade.

Geralmente têm soluções prontas para tudo e fazem suas campanhas atacando o adversário, em vez de se aprofundar nos próprios projetos.

Para detectar um corrupto nas eleições, ela ensina que é preciso analisar com profundidade a consistência de suas promessas e suas atitudes.

Quando um político tiver uma solução fácil para tudo, desconfie.

Os políticos éticos pesquisam com profundidade, se envolvem com os problemas sociais e não passam o tempo atacando os adversários, porque têm propostas.

Com esta receita, você pode começar a identificar a partir de agora os corruptos para a sua coleção. E ao vê-los querendo ser alguma coisa nas eleições do ano que vem, denunciá-los em alto e bom som.

Não esqueça que os corruptos, segundo a psiquiatria, são doentes sem cura.

2 comentários:

Daniel Almeida disse...

Muito boa sua análise dr.Edsom e também muito informadora e num momento ótimo. A onde a corrupçãp ganhou contornos de comédia, com se roubar fosse engraçado e por isso os corruptos principalmente na política já não se importam com nada. Como diria aquele deputado gaúcho, agente rouba rouba e a população continua a votar na gente

Anônimo disse...

Arrreeeéééégua Ministro Vidigal, quer dizer que o "Corrupto" é tudo isso aí que a Psiquiatra falou e descreveu?
Não seria mais fácil descrevê-lo com uma palavra de seis letras? (Não, é alguém que possa estar sendo conjecturado! É "ladrão" mesmo. Ladrão tem quantas letras?) e, em vez de colocá-lo numa família, tirá-lo de lá?
Quero aproveitar Ministro Vidigal, para, através do seu blog, parabenizar meu ex-colega de Liceu, César Ásfor. Ele vai assumir o STJ, não é mesmo?
Ministro, uma pergunta: existe necessariamente, alguma relação da "corrupção" com a "política" ? E, se não existe, por quê vivem tão juntas, tão próximas, tão envolvidas e quase que matrimonialmente entrelaçadas? Abraços.