quarta-feira, 17 de junho de 2009

A Montanha e o Rato

Quando há uma reversão de expectativa, ou seja, quando se espera muito alguma coisa e nada do que se espera acontece, diz-se que a montanha pariu um rato.

Pois foi assim hoje à tarde no Senado depois que o atual Presidente da Mesa terminou o seu tão ansiosamente esperado discurso.

Senadores da base aliada do Governo e também os da oposição reagiram numa só convergência – discurso decepcionou.

Dizer que a crise não é dele mas sim do Senado é apenas uma frase de efeito, que no mais não acrescenta nada.

"O discurso foi tímido", avaliou Renato Casagrande, Senador (PSB) pelo Espírito Santo. "

Para o Senador Sergio Guerra, de Pernambuco, Presidente nacional do PSDB, "se ele não fizer as mudanças não será Presidente por muito tempo".

Conhecido por sua posição crítica em relação ao seu próprio partido, o PMDB, o Senador Jarbas Vasconcelos (PE) entende que o compromisso maior deveria ser com a transparência.

"Estão querendo transparência, mas ela deve ser agilizada, acrescenta Jarbas. Se (o Senado) tivesse adotado a transparência lá atrás, mais da metade do que está acontecendo agora não teria acontecido."

- O discurso não arrefece a crise, disse Jose Agripino Maia, Senador pelo Rio Grande do Norte, líder do DEM. Mas ele (Sarney) precisa fazer a reforma. Um instrumento que está em jogo neste momento é o Senado e ele é o presidente.

"Os atos secretos são mesmo secretos? Se forem, é preciso que haja punição exemplar sobre quem tem responsabilidade.

O Senador Aluizio Mercadante (PT-SP) é contra permitir que essas coisas permaneçam.

Agora, ouça aqui o que disse na CBN-Rio a cientista política Lucia Hippolito, da Rede Globo, sobre o discurso de Sarney:


2 comentários:

2010 disse...

Lula disse que não acontece nada, eu li no blog do Décio Sá do Imirante.com

Anônimo disse...

Olá Ministro, boa noite!
O senhor que já presidiu uma das mais altas cortes deste Brasil poderia me responder uma coisa? Estudei. Estudei no tempo em que a gente, antes de entrar na sala de aulas, formava em fila, rezava, cantava o hino nacional. Na saída para casa, formava novamente, orava o Pai Nosso e cantava o hino nacional novamente. Cantávamos também o hino à Bandeira! (Salve lindo pendão da esperança....!)
Coisa maravilhosa. Pois, ali, aprendemos que os homens não são os poderes e que estão moral e ideologicamente submetidos às diretrizes estabelecidas por uma "COISA" (o caixa alta e as aspas têm o objetivo de torná-la ainda maior) chamada Constituição. E aí lhe pergunto: algum dia, enquanto estudantes iniciantes do curso primário, fomos enganados? As instâncias superiores, entre as quais a Presidência da República, a Câmara Federal, o Senado, o STF, o STJ, o TSE, enfim, o "escambau" têm o hábito de respeitar a Constituição nas quaisquer que sejam prolatadas decisões?
E, por que diabos o "Sapo Barbudo" (foi dito por Leonel Brizola!) quer que o Presidente do Senado seja tratado diferentemente de quem mantém a Nação, pagando impostos? O Presidente da República não tem obrigação de conhecer a Constituição? Ou, será que não precisa ouvir, antes de falar asneira, alguém que conheça a "Carta Magna"?
O Lula, claro, sabe que vai ser difícil tomar essa parada do Serra. Mesmo o Lula tendo condenado no passado o tal do curral eleitoral, ele torce para que o Presidente do Senado seja dono de "enes" currais eleitorais para ajudar na eleição da Dona Dilminha. Quer dizer, o Lula, depois de sofridos dias de frio no ABC de São Paulo, já conseguiu aprender que essa não é a hora exata de desagradar a ninguém. Principalmente a quem ele acha que ainda é dono do Maranhão.
Sim, repito a pergunta: no Brasil, a Constituição vale alguma coisa ou o que ela contém só tem valor para a negraiada e a pobreza? Abraços.