quarta-feira, 24 de junho de 2009

Como Vão As Coisas

Agora, não há quem não fique assim meio zonzo. Basta uma pergunta. Como vão as coisas? A mente gira rápida como um radar do controle aéreo e a resposta meio perdida na ponta da língua não diz nada. Só traduz perplexidade.

Uma enchida de ar nos pulmões estufa os peitos e a resposta resumindo as coisas não sai, continua difícil.

Ora, como responder sobre esse estado das coisas se todos os olhos estão focados é nesse pântano moral e cívico em que se transformou o Senado que de há muito deixou de ser da República para ser, às custas do dinheiro publico, o antro da perversão política?

Ah eu não fui eleito para cuidar da dispensa nem da lixeira, e sim para presidir politicamente a Casa! Que tal essa?

Seria a epígrafe de um volumoso manual sobre a falta de compromisso com a coisa pública. Ou seja, falta de compromisso com o Estado de Direito Democrático e com a República.

Responder de pronto como vão as coisas com essa zoeira do Senado fica a cada hora mais difícil.

Isto porque o inesperado se agrega aos ponteiros trazendo uma novidade inimaginável a cada vez.

E isso tudo numa correnteza de enchente que se a gente não prestar muita atenção acaba perdendo de vista o escândalo de agora há pouco e já nem dando conta daqui a pouco do escândalo que passa agora em frente.

Como e quando isso vai parar?

Nas eleições do ano que vem, quando cada Estado do Brasil terá a chance de trocar dois senadores de uma só vez.

Como? Prestando mais atenção nas historias de vida dos novos candidatos ao Senado, separando ficha limpa de ficha suja. Preferindo os mais capacitados para trabalhar.

A esta altura, ninguém que ainda estando nesse Senado, minoria ética ou maioria deslavada, tem mais o que explicar. Quem se aproveitou vai ser escorraçado. Quem não se aproveitou, foi conivente. Vai ser tirado também.

Um comentário:

Anônimo disse...

É Ministro, realmente tá difícil.
Faz mais de 50 anos, que percebi que o difícil era "guardar o facão". Sim! Morando num povoado distante da sede municipal de um dos pobres estados desse Brasil, quem desejasse resolver alguma coisa na capital, precisava, antes, fazer uma boa caminhada da casa até o rodovia onde os ônibus intermunicipais trafegavam. Pois, o trajeto da casa até a rodovia nas madrugadas pós-chuvas era uma coisa terrível. As veredas mal-feitas, por que para conduzir apenas pessoas, a pé, ficavam literalmente fechadas por galhos e árvores quebradas pelos ventos raivosos, impedindo a passagem de quem fosse ou de quem viesse.
O facão que era utilizado numa nova derrubada para abrir caminho, era a peça indispensávbel, ali utilizado não como arma, mas como "companheiro". Quando se chegava ao destino, o difícil era esconder o facão em algum lugar que só o dono achasse, para rehavê-lo na volta. Quantos facões foram perdidos!!!
E assim é, hoje, no Senado Federal, que a gente vê arquitetonicamente belo por fora, nas fotos, aparentemente sem nada a ver com a lama interna que agasalha e convive.E ali, pode-se ver, o facão não é um útil companheiro. É uma arma pronta para decepar cabeças de quem ouse chegar ao caminho das verdades.
Mas, Ministro, "como andam as coisas"?