segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cagliostro

O pedido do Senador Arthur Virgilio para o PSDB levar o atual Presidente do Senado, José Sarney, ao Conselho de Ética é extensivo a todos os Senadores que exerceram a Presidência nos últimos 14 anos, tempo em que a Direção Geral da Casa esteve entregue a Agaciel Maia.

Ele também pediu sejam investigados todos os Senadores que exerceram nesse mesmo período o cargo de Primeiro Secretário.

"Quero investigação dura sobre todos os primeiros secretários que estiveram no cargo durante a gestão do senhor Agaciel Maia, quero investigação sobre todos os presidentes da gestão destes 14 anos, quero a saída da presidência de José Sarney." Falou duro.

O Senador Virgilio disse que "não vai se calar" enquanto o presidente não estiver fora do cargo, afirmando que Sarney (PMDB-AP) "não tem a mínima condição moral de permanecer à frente da direção dessa Casa".

O senador se junta a outros parlamentares, como Pedro Simon (PMDB-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF) que também defenderam em plenário o afastamento do presidente da Casa.

Diante das diversas denúncias que pairam sobre o Senado, ao menos dois pedidos de investigação do peemedebista Sarney pelo Conselho de Ética estão sendo preparados pela oposição.

Falta apenas colocar o conselho em funcionamento, o que exige a indicação de parlamentares para a função.

Sarney ocupa pela terceira vez a presidência do Senado. Antes, havia sido presidente entre os períodos de 1995-1997 e 2003-2005.

Também passaram pela presidência os senadores Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), entre 2007 e 2009, Tião Viana (PT-AC), em 2007, Renan Calheiros (PMDB-AL), entre 2005 e 2007.

O atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também foi presidente da Casa, em 2001, de acordo com informações da página oficial do Senado na internet.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Ministro:
Contam os moradores mais antigos de São Luís que, não muito distante no tempo, apareceu por estas nossas bandas daqui um italiano que carregava no nome o "Cagliostro". Teria fixado residência numa determinada ladeira dessas da capital maranhense.
Pouco letrado, o ludovicense não sabia direito a pronúncia do tal "Cagliostro". A pronúncia do nome do italiano evoluiu (a gente poderia afirmar que isso teria sido uma "evolução"?) para "Caga Osso" e a rua onde o dito cujo morava passou a receber esse nome: "Beco do Caga Osso".
Mas, issos e aquilos à parte, a dureza do pronunciamento do Senador Virgílio (que não é Távora, tampouco dessa "casta") e as exigências que nele estão contidas podem levar a um desfecho indesejado pelo pessoal do "outro lado da ponte" como costuma dizer o Jornal Pequeno. Seria uma vitória de Davi contra Golias?
Mas, isso só, seria o suficiente para quem já "cagliostrou" tanto?
Abraços respeitosos.