quarta-feira, 8 de abril de 2009

Passa da Hora

O Maranhão tem 331.983,3 kms². Possui rios formando uma das maiores bacias hidrográficas do País.

Nessas terras habitam 6 milhões, 305 mil pessoas.Mais que a população de alguns países da Europa.

Em extensão territorial, o Maranhão é maior que a Áustria, a Bélgica e a Bulgária.

A qualidade de vida da sua população, no entanto, está abaixo de alguns países da Africa, como o Congo e Gana.

O Bolsa Família, programa do governo federal, atende no Maranhão a 2/3 da população.

Contabilizam-se ainda hoje mais de 1 milhão e 500 mil analfabetos, dos que não sabem ler nem escrever.

Analfabetos funcionais somam mais da metade da população.

O Maranhão começa onde termina o nordeste árido e termina onde começa a amazonia encharcada.

Por isso, as suas terras são consideradas as melhores do Brasil.

Mas é um lugar condenado ao atraso social e econômico por causa da pobreza política.

O Presidente Janio Quadros definiu o Maranhão como "um Estado rico e pobre. Rico na sua potencialidade. E pobre no seu abandono".

Com todos esses insucessos, as bandeiras vitoriosas das esperanças coletivas sendo levadas de volta ao campo da luta para serem esfarrapadas pelos derrotados de agora ha pouco, o silêncio dos que tem voz e a conivência dos muitos que ainda pensam, e isso tudo fortalecendo o atraso político que sustenta essas lideranças que não lideram, carcomidas como estão, sem idéias novas, despreparadas para os novos desafios, - me digam agora se isso tudo que ainda mantém o nosso Povo confinado na pobreza e este Estado entre os mais atrasados do Brasil, deve continuar?

Vamos continuar permitindo esses despautérios? Nos verbos e nas verbas?

Devemos engordar com a nossa omissão as ambições dos que só tiram proveito das lutas populares e dos que só se aproveitam traficando o poder lá por cima, sendo motivo de vergonha para o Maranhão e de chacota no Brasil, deixando o nosso Estado e o nosso Povo nessa penúria?

O que estamos fazendo das nossas energias e das nossas horas diante de tanto opróbrio, de tanta falta de respeito com o Estado de Direito Democrático, diante de tantas mentiras atazanando a nossa paciência?

Não devemos transformar imediatamente a nossa indignação em ações coletivas para a afirmação da nossa cidadania?

Devemos trabalhar para desenvolver o Maranhão porque só assim, pela riqueza garantida pelo progresso, podemos assegurar a decência de vida para a população.

Uma vida com dignidade. Um Estado verdadeiramente livre e progressista, que iremos construir e do qual haveremos todos de nos orgulhar.

Mas há que haver união de esforços, desprendimento, confiança mutua, coesão política, confiança do Povo.

Os carcomidos e os sem ideais porque não tem idéias não tomarão de assalto nossas bandeiras de luta. Não conseguirão roubar do nosso Povo a esperança no seu destino a um grande futuro nem a sua crença nos ideais sadios da nossa luta.

Nestes dias de Semana Santa há um clima favorável a que se pense seriamente nisso.

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