Em alguns casos as escutas ilegais são feitas pela própria polícia querendo produzir supostas provas para atender a vinditas.
Agora a Policia Federal está em campo para desmantelar essas quadrilhas, começando por São Paulo e Minas Gerais, devendo se estender a outros Estados, inclusive ao Maranhão.
Segundo a Policia Federal, a organização criminosa, que também teria executado "grampos" clandestinos em terminais telefônicos e quebrado o sigilo de contas bancárias, com a participação de funcionário de uma instituição financeira, estava baseada em São Paulo.
Os 130 agentes irão cumprir 17 mandados de prisão, sendo sete preventivas e dez temporárias, além de 28 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Varginha, em Minas Gerais, Jundiaí e São Paulo. A PF não divulgou os números de presos.
Os suspeitos, segundo investigações que começaram há quatro meses, chegavam a cobrar até R$ 3 mil por varredura em cada linha telefônica, para fornecer informações sobre a existência, o período e a origem do mandado judicial de interceptação.
A Operação Ferreiro, segundo a Policia Federal, foi desencadeada a partir da Operação Bicho Mineiro, deflagrada na semana passada, que culminou com a prisão de sete pessoas em Varginha, inclusive empresários ligados às atividades de comércio e exportação de café e suspeitas de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, além de outros crimes.
Foi através dos "serviços" contratados com a quadrilha flagrada pela Operação Ferreiro que os empresários investigados obtiveram a informação que seus telefones estavam monitorados pela Polícia Federal, com ordem da 4ª Vara da Justiça Federal em Minas, onde tramita o processo.
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